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cd-r retrô.
O Mão, olhando pra caixa de Sucrilhos que levei de lanche hoje:
- Agora até comida retrô tu vai comer?
Ué. Mas eu achei que as pessoas continuavam comendo sucrilhos. Me deu saudades.
E falando em retrô. Não conta pra ninguém, mas eu não sei colocar vinil pra tocar. É. Acho que a minha família perdeu a musicalidade quando nasceram os rebentos. Fiquei no silêncio até certa idade e depois fui de K7. Vergonhoso. Mas não me impede de cobiçar loucamente uns CD-Rs muito simpáticos que lançaram agora com cara de vinil. Eu vi na agência e pulei em cima. O Brício e seus elementos retrôs. Fiz questão de revelar a descoberta pras amiguinhas do quarto andar. Pularam, sorriram, fizeram escândalo. Combinamos de dividir o tubo. Liguei pro sujeito que vende, que passou conversa, mas deu pra sacar que mal sabia do que a gente tava falando. Eu sei lá. Agora estamos na procura. Se você sabe onde, assim, em ATACADO, pra custar menos. Esses são os coloridos da Verbatim. Baba.

velky.jpg

postado por Carol Bensimon as 21:12 | pitacos (3) | trackBack (0)

apagou tudo.
Não é a primeira vez, mas foi a mais dolorida. Só baixei os olhos e emiti um ai desesperançoso. Em casa eu tenho o teclado internacional, aqui n'agência o espanhol. Não tem del esse aqui, que me atrasa uns segundos e me incomoda todo o dia. No lugar dele, há uma teclinha que apaga TUDO que foi escrito, caso a apertemos em situações como essas, do Movable Type. Formou a imagem do drama? Eu estava e escrever um mui tocante texto dos fundos da alma e com alguma tendência literária. Foi-se para sempre no momento do último ponto final. Falava em Paris. Você jamais saberá, porque jamais escrevei de novo esse texto. Nunca mais vou achar a mesma combinação de palavras. Talvez ache outras, sim, se aceitasse me dedicar numa segunda tentativa. Mas me apeguei ao que já foi. Como sempre.

postado por Carol Bensimon as 17:57 | pitacos (4) | trackBack (0)

perguntas.
já que todo mundo. e eu achei tão fofo.

há 10 anos
1. trocava cartinhas com um menino
2. comprei 'get a grip' só pra ouvir crazy e crying
3. lia conan doyle
4. criava histórias e as representava sozinha no quarto

há 5 anos
1. entrei na fabico
2. perdi um amigo pra uma vizinha
3. perdi outro amigo por uma briga
4. comecei meu relacionamento interminável

há dois anos (2003)
1. fiz oficina literária com o assis
2. achei que jamais pisaria numa agência de publicidade novamente
3. sofri por amor
4. escrevi uma novela que jamais publicarei

há um ano
1. fui pra paraty
2. fiquei sem emprego
3. ia de tarde ler no parcão
4. não lembro, mas devo ter sofrido por amor

ontem
1. me olharam estranho na padre chagas
2. andei até o bom fim
3. falei na cama sobre a vida que gostaria de levar
4. mandei uma mensagem falando sobre um anão de jardim

hoje
1. suspirei barbaramente como uma velha
2. comprei livros
3. me culpei pela falta de disposição para a monografia
4. dei de nabokov pelos corredores do bourbon country

amanhã eu vou
1. fazer um folder muito chato para a tintas renner
2. buscar o cartão do banrisul
3. ir para a terapia
4. queixar-me internamente pelo amor não-realizado

cinco coisas sem as quais não posso viver
1. chocolate
2. o velho amor
3. o novo amor
4. meus amigos
5. minha família judia louca

cinco coisas que eu compraria com $1.000
1. livros
2. livros inúteis que são bonitinhos
3. alguma passagem aérea
4. uma bicicleta
5. acabou o dinheiro

cinco maus hábitos
1. a preguiça
2. o medo de ser julgada
3. ver filmes em pedaços
4. sono cedo
5. certa intolerância

cinco programas de TV favoritos
1. wonder years
2. c.s.i
3. mythbusters
4. detetives-médicos
5. changing rooms

três coisas que me assustam
1. montanhas-russas e todos os derivados
2. o tempo que não passa
3. o tempo que passa

três coisas que estou vestindo neste momento
1. adidas verde
2. calça jeans
3. blusa branca

quatro das minhas bandas favoritas
1. smashing pumpkins
2. the doors
3. louise attaque
4. fiona apple

três coisas que eu realmente quero agora
1. terminar a monografia
2. coragem
3. confissão seguida de beijo seguida de relacionamento estável

três lugares onde quero ir de férias
1. paris
2. praga
3. buenos aires

postado por Carol Bensimon as 17:06 | pitacos (6) | trackBack (0)

jogo subterrâneo.
Como havia acontecido todo um preparo para o pior, o Jogo Subterrâneo acabou nem despertando sentimentos de levantar e ir-se embora o que, convenhamos, já é um feito. Como bem disse o Firpo, o núcleo vilão da película é uma vergonha. Maitê Proença merecia uma framboesa de ouro ou, na falta da framboesa, uma ACEROLA. A presença da escritora cega é forçadíssima e a atuação do Felipe Camargo (sobretudo as frases em off) deixa muito a desejar. O que acaba salvando o filme é a única coisa que não tinha como destruir do conto original do Cortázar, que é a TRAMA em si, ao menos de princípio, porque o tal "segredo" da branquela metida a gostosa espera POUCO do intelecto do espectador. Sim, sim, always fun isso do jogo de procurar mulheres pelo metrô, baseando-se num roteiro pré-determinado que elas devem seguir. Pena que isso não resulta diálogos DE NÍVEL. Outra: alguém que tem esse tipo de obsessão é um ser claramente transtornado e desconectado do mundo real. Não creio que ele teria o tipo de personalidade construída para o Martin (Felipe Camargo), que era, essencialmente, a de um homem NORMAL.
Ainda que talvez seja clichê (pensei muito sobre isso, não consegui classificar), a última cena, com o piano (não entrarei em detalhes pra não estragar o cineminha de ninguém) me deixou tocada. Mas, de qualquer maneira, não deu pra acreditar muito no amor daqueles dois. Parecia o tempo todo FAKE e que, quando ele parassem por cinco minutos pra conversar, TUDO se destruiria com extrema facilidade.

postado por Carol Bensimon as 11:23 | pitacos (4) | trackBack (0)

pula pela.
Uma cobra rasteja por dentro. Um belo dia a cobra pula pela boca. É apenas um misto de circunstâncias. CNTP para cobras pularem. É a música (fingertips, camel) mais o sol (entrando em listra) mais a ausência. É às 17:21 da véspera do feriado. A Buenos Aires que não irei e a monografia que escreverei por obrigação. O cinema que não sei ainda de um conto excepcionalmente bom. A relação que tomou proporções de vício. Um belo dia a cobra pula pela boca. Mas eu sou do tipo que armazena.

postado por Carol Bensimon as 17:20 | pitacos (4) | trackBack (0)

debaixo dos caracóis.
Sempre invejei mulheres que prendem os cabelos com qualquer coisa que está ao alcance. Olho boquiaberta a cada admirável ballet de canetas e lápis se enredando nos fios. Nunca fui capaz de lançar-me assim com aparente displicência e construir um penteado de Vogue. Se houvesse um curso, pagava. Hoje acordei de novos cabelos amassados. Dormi com eles úmidos. Tentei simular provisória maneira de usar-los, mas não fui capaz de achar nenhuma borrachinha que não tivesse motivos infantis nas pontas (há muito tempo não uso esse tipo de acessório). Cheguei de hippie na agência. Tranqüila, porque gosto do descaso pensado, embora nessa ocasião eu não tenha exatemente pensado, foi apenas o acaso de ter dormido tão cedo e tomado banho tão tarde. Entra a Vitória: carol, tá diferente teu cabelo. Eu: dormi com ele molhado. Ela: ah, mas eu gostei assim rebelde.
Gostou, mas, de toda a maneira, veio a caneta. Acontece volta e meia de eu ser ciceroneada pela razão cabelos. Me ponho de costas e deixo que façam comigo o que querem. Ficou bem mudeeeerno. Mas a caneta agora caiu, e eu jamais conseguirei colocá-la de volta.

postado por Carol Bensimon as 10:58 | pitacos (8) | trackBack (0)

os clássicos.
Pena que eu tenha visto em pedaços, como inevitavelmente acontece com os filmes no conforto e solidão da cama de estreitas medidas, mas é bom esse Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard), ahn? Um climão que o seu Billy Wilder consegue criar. E que boa personagem a atriz de cinema-mudo. A casa é maravilhosa, cheia de coisinhas que retratam a decadência e a insanidade da mulher. Piscina vazia sempre me bate forte (tem uma no romance que eu tô escrevendo, aliás). As fotos sufocando a sala. A quadra da tênis com as linhas apagadas. Gostei do politicamente incorreto da película, aliás. Daqui a pouco estou passando na locadora.
Ando numas de clássicos.

postado por Carol Bensimon as 18:28 | pitacos (2) | trackBack (0)

melhor foto não obtida.
melhor foto não obtida
Há uma senhora ruiva cortando cabelo. Suas mechas estão presas por grampinhos, o que forma um pequeno TOPETE de bebê na frente da cabeça. A senhora lê um livro do Salvador Dali. Tudo o que posso enxergar pelo espelho são suas mãozinhas segurando o livro bem aberto e o topete pra cima. Do sofá ultramodernete onde espero para cortar o cabelo, dou risinhos.
E daí hoje outra. Sabe aquelas vans do correio em cuja lateral está escrita "Já exportou hoje?". Pois veja você que, quando a porta (aquela de correr) está aberta, lemos claramente "vortou hoje?". Mas agora percebo: de onde saiu esse v? Talvez seja apenas um condicionamento em ver coisas bizarras.

postado por Carol Bensimon as 14:09 | pitacos (0) | trackBack (0)

agência-casa.
Me impressiona que as pequeníssimas decisões podem contribuir para uma significativa melhora de humor. Tô falando de ter mudado o caminho agência-casa. Antes, subia pra Protásio e ia lá descendo pelo cinza, grudada na muretinha do corredor de ônibus. Depois era entrar na Lucas e pegar um pedacinho da Casemiro até a Bordini. Agora, tudo mudou: vou me enfiando por meio de Petrópolis e depois Bela Vista, pra então já pegar a Casemiro do começo. A proximidade com as casas, os prédios de poucos andares, as árvores e o silêncio fez diminuir o stres dos trajetos. Agora chego em casa achando a vida boa. O próximo passo é abolir também a ida via Terceira Perimetral.

postado por Carol Bensimon as 14:40 | pitacos (3) | trackBack (0)

como é?
Sabe o que eu mais gosto? Quando as pessoas dizem "eu não sei". Sim, adoro que elas admitam suas lacunas, não pra tirar de sarro de ignorância, mas porque ali vejo uma humildade que, pra mim, é coisa fundamental. O que eu tenho PAVOR crescente é, óbvio, justamente o contrário: o carinha que quer fingir saber. Mas a mim não enganam, e portanto ficam com um ar patético. Pegue esse exemplo: estou falando de uma banda bastante significativa, cuja discografia tem mais de dois dígitos, mas que eu começara a escutar só agora. Aí o cara enganador vai dizer uma coisa assim: "Bah, já escutou tal música deles? A melhor". Só que o que revela-se, nesse momento e mais tarde, pegando pelas sutilezas, é que o cara não está familiarizado com a discografia da banda, na verdade ele apenas citou a ÚNICA música que conhece para dar a impressão de que entende da coisa de fato.
Outro jeito fácil de ver com quem vocêestá lidando: pergunta uma coisa absolutamente aleatória, que precisaria de algum conhecimento específico. Exemplos: a) Mas como é que foi a infância do Napoleão? b) Como é a música que se faz em Honduras? c) Onde foi filmado Apocalipse Now?
Note que você não pode fazer perguntas como "onde você acha" ou "como será que". Seja enfático. Onde foi, como foi, como é? Ele vai te responder duro, certo, enfático. Não tem erro. Mas há também uma OUTRA possibilidade: para fugir do fatídico "não sei", é possível que essa laia se escape pelo sarcasmo, coisa que bem conhecemos. Uma piada largada no momento certo, por vezes mais grosseira e ingênua que um Chaves, disfarçará que você nada sabe sobre o que eu insisto em perguntar.

postado por Carol Bensimon as 09:20 | pitacos (6) | trackBack (0)

a loira.
Ainda que eu pregue um Vamos ir a bares diferentes, a loira quer ir sempre no Mercatto. E eu cedo como se difícil de ceder, mas só pra pra fingir que faço as vontades dela. O que acontece de fato é que eu sorrio, antes, durante e depois, porque no Mercatto é aquele calorão acompanhado de sensação de casa, e embora saia sempre na Veja Porto Alegre como O melhor lugar para is a dois, nem se vê tantos casais assim. Tem aquelas cadeiras que não entram embaixo das mesas direito porque foram feitas separadas e diferentes, mas não dá nada. Lá eu conheço as moças que me atendem, porque todas conhecem a loira, e quando a loira vai no banheiro depois de ter virado cerveja na saia, a gente comenta o quanto é diversão garantida no ambiente quando lá a loira está, sempre. É que já tracei história no Mercatto e sou muito apegada às lembranças. A loira se dedica em mim, enquanto me defuma com o cigarro. Já escreveu meu projeto de monografia em guardanapo e traçou os meus planos de conquista com meticulosidade aprendida em pós-graduação em marketing.
A loira quer sempre que eu beba, e às vezes sinalizo por um bola de neve ou caipirinha de morango, mas quando a vontade é pouco e também o dinheiro, nada me convence e eu fico na água, enquanto vem e vem cerveja pra loira, que lá pelas tantas tá gritando pelas meninas e pegando pela cintura na maior intimidade. E quando a gente vai embora ela se mete pela porta abrindo sozinha as chaves todas, a casa é dela e eu sou só um acessório na história toda.
Amo essa guria. É. Anos tentando viver de amor pra descobrir com a loira o que de fato é amizade.

postado por Carol Bensimon as 17:45 | pitacos (4) | trackBack (0)

gato e rato.
Eu nunca tive gato, mas eu sei que os gatos perseguem os ratos, nem que seja pelo Tom & Jerry, e ainda assim ela fez questão de me contar os pormenores das desavenças, descrever o instinto dos gatos, os jogos de poder e a adrenalina da perseguição. O gato persegue o rato e deixa lá a caça bem no caminho dos donos, pra mostrar que ainda sabe das coisas. O gato, uma vez atrás do rato, pega a presa e CLARAMENTE dá umas largadinhas, pra sair correndo de novo. Pega e solta, deixa correr, vai de novo, o gozo do gato é ir atrás. E no mínimo o rato curte dar a corridinha. Embora ela, a analista, diga que eu fico TANGENCIANDO e fazendo ambíguos jogos intelectuais por aí, não me disse ela também que era eu o gato, mas assim o entendi, porque não se precisa dizer B para que se entenda B.
Embora pareça nessas conversas que o que eu gosto são os tortuosos caminhos amorosos, e não propriamente o destino, juro que eu me esforço pra tentar O OBJETIVO, embora provavelmente pirasse um pouco se o soubesse possível.
- Psi, sabe o que eu queria? Eu queria era ______ (descrição de ação que não terei coragem de pôr em prática).
E ela, cínica:
- E fez?
- Claro que não, né! Hahahaha, podia me internar se eu fizesse!
- Hahahaaha, ou podia te dar alta, porque aí era sinal que tu tinha vencido todas as tuas travas.
Ai, a psi é de matar!
Ô, rato, não me desestrutura assim, vai.

postado por Carol Bensimon as 14:59 | pitacos (0) | trackBack (0)

almost cut my hair.
Ouvindo Almost Cut My Hair, melhor música do Crosby, Stills & Nash. E vai rolar o CORTE no sábado de tarde, ali no modernete Sexton, com o sujeito que a Laurinha tira pra Deus dos cabelos, além de um PROFETA que sentiu a chegadas de coisas revolucionárias, como MECHAS NAS PONTAS.
Então. Será cortado, porém não se assuste, não em cumprimento, mas no sentido de BAGUNÇAR um pouco, cortar em CAMADAS ou seja lá o termo que for. Mas quem sabe de tudo isso é o Artur, o cara tem a manha. E vai rolar cor certo, não em sua totalidade, talvez até um mechas nas pontas. Ainda que os que me conhecem há pouco não sejam a favor dos fios loiros (já os tive em 30% da cabeça, juro que eu era mais bonitinha), é provável que opte por essa linha, e não pelo VERMELHÃO. Mas já cogitei até azul, então esperem qualquer coisa.
Se tudo certo, chego na festa do Insanus de cabelo novo (mas nem tanto, não sou das mudanças radicais). E vocês vão na festa, né? Não me deixem sozinha com os insanus. =)

postado por Carol Bensimon as 16:17 | pitacos (5) | trackBack (0)

mãe de todas.
Pago pau pra Agência Matriz e por isso tô de asterisco verde no vidro do carro (é o logo da agência, pra quem não sabe). Hoje tava assim pensando e me dei conta que, entre as 50 pessoas que trabalham aqui, apenas 2 são estagiárias (em breve será apenas UMA, ao que indicam as fofocas). O que isso quer dizer pra mim? Bem, quer dizer que, em um mercado conhecido pela sua SUGAÇÃO, acredito ser essa atitude, a de efetivamente contratar as pessoas, um tanto quanto louvável. A Agência Matriz também é, dentre as agências de Porto Alegre, a de maior média de idade. Segundo dizem, em algum momento de ócio, o boss aqui fez inclusive o cálculo: somou, dividiu e aquela coisa toda. Parece que o número deu 38. Outro dia, num metapapo, descobri também que volta e meia as pessoas EVIL da publicidade dão umas largadas pros chefões daqui, "ei, vocês estão ESTRAGANDO o mercado", tudo isso porque a galera aqui ganha mais que a média
E o colega insanus aí (o Firpo, não tenho tempo de linkar, então tive que DIZER), que já passou por essas paragens, descreveu em recente post o local como "a agência mais humana e organizada que eu já trabalhei".
E não estou GANHANDO para publicar o post. Isso se chama trabalhador SATISFEITO e de pazes feitas com a publicidade. Não nos amamos, mas temos nos dado bem.

postado por Carol Bensimon as 17:04 | pitacos (8) | trackBack (0)

sobre o que é tua monografia?
Padronizei uma resposta para a pergunta "sobre o que é tua monografia?": é sobre adultos que consomem produtos infantis. Mas acho que ainda não é síntese fiel. Eu, invariavelmente, ouvindo minha própria resposta, lembro de um episódio bizarro do CSI, no qual um very rich man se vestia com fraldões e construíra na casa um quarto de bebê, onde levava mulheres que fingiam estarem o cuidando enquanto ele RESMUNGAVA. Pode apostar que o trabalho não terá ligação nenhuma com perversões sexuais. Só que dizer "kidults" não estava funcionando: ninguém entendia o que eu falava. Eu repetia a palavra cinco vezes e depois ainda tinha que explicar a equação (kids + adults = kidults) e, finalmente, o significado. Que era "adultos que consomem produtos infantis". Blé.

postado por Carol Bensimon as 14:53 | pitacos (4) | trackBack (0)

postsecret.
O Daniel me deu uma das webdicas mais preciosas de todos os tempos:
postsecret é um projeto no qual as pessoas mandam anonimamente arte em postais que contam um segredo. Tem coisas engraçadas (I deleted the Pope's funeral unwatched off my TIVO to make room for an episode of Survivor"), mas sobretudo muito TOCANTES, como "I'm scared to be really good at something", "I make everyone believe that I like to be different, but really I just don't know how do fit in" e "I lied: I want her to save me". É um REVELADOR de natureza humana ("I broke up with my boyfriend who used to call me darling when we made love because I fell in love with a man who calls me slut when he fucks me") e os cartões são muito interessantes também visualmente. Veja, por favor.

postado por Carol Bensimon as 10:37 | pitacos (0) | trackBack (0)

virei hippie.
Achando no mínimo que eu vou sair PELADA por aí, pessoas que nunca falam comigo via msn ficaram todos em POLVOROSA só porque eu entrei com o nick de "carol virou hippie". Foi uma brincadeira que nem de ironia dá pra chamar, tá mais é pra um exagero bobo: enquanto ouvia, ontem de noite, Cosby, Stills & Nash, tasquei-lhe o nome. Teve até neguinho me ligando hoje e perguntando que história era essa de ripongagem. Se vê que precisa-se muito pouco hoje em dia pra criar uma grande polêmica.

postado por Carol Bensimon as 18:05 | pitacos (1) | trackBack (0)

as meninas da carne.
Seguindo. No terceiro andar desse prédio da Av. Iguaçu, há uma empresa de exportação de carne, como posso supor pelo nome escrito no tapete, "Meridional Meat". Para minha surpresa, parece haver um número enorme de mulheres no ramo do comércio exterior. Particularmente uma é conhecida pelo pessoal da agência por seus comentários pouco inteligentes proferidos dentro do elevador. Recentemente, fez-se um novo corte de cabelo, o que dia desses causou um certo diálogo conjunto e feliz entre umas sete pessoas socadas no pequeno quadrado. Impressionante, a garota tem sempre um comentário sem graça pra fazer nos poucos segundos da subida e sempre temos que nos pôr a rir no constrangimento. É famosa também uma história de que ela teria estacionado entre os dois andares de garagem, trancando assustadoramente a passagem para rampa. Provou-se verdade, já que outro dia vi a própria vlangoriando-se da tapadice para as suas colegas de trabalho. No elevador, claro.
Outro dia, as meninas da carne estavam andando pra lá e pra cá com uma japonesa, tentando um inglês dolorido que falava do tempo (chuva) e almoço (Cachaçaria). Fiquei paradona.
E de repente hoje, o fato que levou ao impulso de escrever esses bobos relatos de descidas e subidas no elevador: há uma garota muito simpática que vai e vem, essa sempre sozinha (as outras se locomovem em bando). Pois é exatamente a simpatia exagerada o que me bota na surpresa. Entenda: há algo de puro e feliz em demasia nessa garota, e não consigo achar explicação. Digamos que eu aperte o botão para segurar a porta enquanto ela vem entrando. Pois ela me agradece como se eu a tivesse salvado a vida. Tal simpatia me põe nervosa, quase mais do que a má educação de um dos porteiros (o qual não responde aos ois e bons dias, que já desisti de dar). Hoje subi com essa garota no elevador. Chegando no andar das carnes, sai ela com sorriso gigante, dizendo: "Tchau. E um bom dia pra ti".
Estranho esse mundo no qual nos chocam a simpatia das pessoas.

postado por Carol Bensimon as 15:18 | pitacos (3) | trackBack (0)

a sala rosa.
O prédio onde eu trabalho tem cinco andares (sem contar o térreo e dois de garagem). Três são ocupados pela agência: o quarto, o quinto e o sexto.
No segundo andar, há uma estranha força que sempre puxa o elevador para, mas onde nunca há ninguém esperando por. Nesses instantes de cara com o segundo andar, dá pra ver uma mesa (a mulher sentada de costas pra porta), alguma mobília moderninha e uma parede rosa. Toda vez que me dou de frente pro ambiente (ou de lado, melhor dizendo), sinto que desci num filme do David Lynch. Infelizmente, nunca posso compartilhar meus sentimentos com os freqüentadores de elevador, que muito possivelmente desconhecem a filmografia do cara. Bem. Não há qualquer placa no saguão do prédio indicando o conteúdo dos conjuntos, posto que apenas três empresas ocupam esse empreendimento da Goldstein na Avenida Iguaçu, essa rua com delírios de grandeza sobre a qual jamais passam muitos automóveis, composta, inclusive, por precários paralelepípedos. Enfim. Recém chegada, delirei em cima da sala rosa e supus que era um lugar que vendia jóias de exclusivo design. Mas logo me dei conta que estava trocando as bolas e confundindo esse conjunto com outro igualmente estranho do prédio da VELHA agência. Finalmente, fazendo fofocas no quarto andar (onde ficam as meninas do atendimento), descobri que uma igualmente curiosa, porém mais cara de pau, locomoveu-se até o conjunto a fim de descobrir a sua NATUREZA. Voltou dizendo que era uma clínica especializada em transtornos do humor. Desde lá, eu cuido sempre quem desce no segundo andar.

(sigo daqui a pouco com o terceiro andar e as meninas que vendem CARNE)

postado por Carol Bensimon as 09:58 | pitacos (1) | trackBack (0)

kevin arnold.
Não quero ludibriar ninguém, mas digo que andei com uns estalos de mudança ontem em relação. O offset75 vai cair. Surgirá um com nome bem maior, ainda não claramente definido (tenho a metade). Assim, o endereço provavelmente vai ficar no /carolbensimon, mas isso é o menor dos detalhes e se decide depois. Com a mudança do nome, obviamente o layout da menina encolhida aí do lado vai para o espaço. O novo, sei lá como vai funcionar, até porque os Insanus que sabem fazer a coisa tão sempre tirando o corpo fora. He. Posso até brincar de photoshop, mas de html não rola, há o risco de engolir as pequenas peças. Te adianto que o novo blog que surgirá tem Kevin Arnold na história. Prevejo um alto nível de rejeição.

postado por Carol Bensimon as 11:15 | pitacos (6) | trackBack (0)

abandonware
Ontem eu e o primeco de 10 jogando Toe Jam & Earl, que ele curte e eu nostalgio. Deu saudade dos jogos velhos de PC, do tempo que a Lucas Arts mandava muito bem com gráficos bem cuidados e altas doses de ironia. Fiquei pirando nas lembranças e usando o primo de ouvido. Ele conheceu o Full Throttle, que já era do tempo do cd, imagina, antes teve umas belezas do tipo Monkey Island I e II, Sam & Max, Simon, King Quest, Larry e o meu preferido de todos os tempos, o Day of the Tentacle, que era o Maniac Mansion 2 (o um jamais pude suportar por sua precariedade).

dott.jpg

Saiu o primo pra casa e eu engatei busca no Google pra procurar sucessos de outros tempos, que hoje chamam de Abandonware e cobram que as companhias liberem geral a pirataria. Não sei como me dei num site de um programa com versão pra mac os X chamado Scummvm. Um pouco de leitura e deu pra sacar que SCUMM eram eses joguinhos com certas características de interface, as quais não entrarei em detalhes, por não ter entendido praticamente nada. Pois o scumvc é um emulador que roda esses joguinhos. Download. Felicidade parcial, problema número dois: onde achar os jogos? Abri a FAQ e descobri: tem que ter o software original/pirateado. Eu que esperava encontra ROM pra baixar, me quebrei. Tudo bem, de barbada encontrar esses títulos pra pc em qualquer emule da vida, mas tenta catas as versões pra mac (a gente não tem nem emule, pra começo de conversa). Brochei, mas segui na esperança. Hoje ao meio dia dei um search no meu peer-to-peer e consegui fazer download do Monkey Island I e II. O dois rodou beleza, já o um pede aquela encheção de saco das antigas, aquela que a gente tinha que XEROCAR de amigo pra poder entrar no jogo, uma precária e enervante invenção antipirataria. Deve ter por aí. Vou procurar. Mas, bah, Day of the Tentacle nem sinal, e era o que eu mais almejava. Então, boa alma macuser, QUALQUER dessas velharias meigas que tu tiver, dá essa força pra amiga, vai. Não me obriguem a tirar o pó do pc.

postado por Carol Bensimon as 15:41 | pitacos (10) | trackBack (0)

comemoram.
assim eu nunca vou conseguir
Estava com tudo aberto aqui, no começo da manhã, para comentar uma manchete do Terra. Dizia assim: "Líderes comemoram 60 anos da II Guerra". Achei meio absurdo o uso da palavra "comemoram" e pensava aqui como começar a escrever sobre isso. Pois. Daí surgiu um trabalho aqui caído do céu, ou jogado do inferno, seja lá o que for, e eu dei um maça Q e fui fazer minhas coisinhas. Eis que entro novamente no Terra - intervalo de pensamento - e a manchete está diferente: "Líderes lembram 60 anos da II Guerra". Que era exatamente o verbo que eu iria sugerir. Malditos.

postado por Carol Bensimon as 10:47 | pitacos (8) | trackBack (0)

time.
Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.

Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.

So you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
Racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.

postado por Carol Bensimon as 20:18 | pitacos (2) | trackBack (0)

urticária dos infernos.
No último mês, eu ganhei a pior psicossomatização ever: essa urticária. Para quem tem andado comigo, com certeza já mostrei meus braços e barriga cobertos de bolinhas vermelhas, assim como já soltei a minha lista de alimentos que não podem ser ingeridos e, por consequência, neguei qualquer convite de almoço ou janta. Tente viver sem comer tomate e qualquer coisa com tomate, chocolates, fritura, carne gorda e principalmente CONSERVANTE. Isso exclui TUDO que vem da lata ou do vidro: maionese, doce de leite, massa miojo, geléia, presunto, salsicha e etc.
Não bastando essa intensa dieta alimentar, novas bolinhas continuam aparecendo diariamente. E como coçam, meu bom Deus. Sim, eu estou tomando um antialérgico. Sim, eu já fui no médico, ou não exatamente, considerando que mamãe é dermatologista e trata isso todo dia. Acontece que estou entre os casos que poderiam ser apresentados em CONGRESSOS, compreende? Das urticárias, 99% tem causa alimentar. A minha não parece ser, ou pelo menos não SÓ. E em 70% das urticárias agudas, JAMAIS se consegue descobrir a causa (isso não sou eu quem diz, mas o livro de dermatologia). Causas? Drogas (estamos cortando o Cataflan), produtos químicos (não usamos sabão em pó e estamos cortando os produtos de banheiro, vamos só de álcool), pó, pólen e não sei mais o que (isso vai ser difícil), altas temperaturas (o banho será mais frio) e, bem, aquela coisa que sempre figura nas listas, o STRESS. Esse vai ser CASCA.
Estou obviamente contando tudo isso da forma mais NEUTRA possível, mas a verdade é que isso tá me fodendo com a vida, isso só pra começar com a restrição alimentar, que pra mim é tirar metade da alegria do sujeito. Depois tem o fato de acordar no meio da noite de tanta coceira, de não poder sair de manga curta no sol (nem mesmo dentro do carro) pra minha pele não ficar com marca das perebas pra sempre e etc. Mas o mais assustador é não saber quando tudo isso vai acabar. Se é realmente um psicossomatização, ei, porque não me deram uma gastrite? Eu não esperava por essa criatividade toda.

postado por Carol Bensimon as 09:36 | pitacos (4) | trackBack (0)

vamos trabalhar.
Quando meu modelo de profissional eficiente, dedicada e espertinha me diz via msn que tava a fim era de sentar no sol e curtir, de ganhar dinheiro sem fazer "essas coisas chatas", bem, chego à conclusão de que ninguém mesmo GOSTA de trabalhar. O que é muito triste, levando em conta que passaremos 1/3 da vida dormindo, 1/3 trabalhando e só nos resta esse último pedacinho pra fazer a merda que se quer.
Quando meu modelo de profissional eficiente, dedicada e espertinha diz que bom que tal trabalho caiu comigo, porque sabe que vou acertar, e eu lembro ela de que não deveria estar dizendo essas coisas para a MAIS BAIXA NA ESCALA DOS REDATORES, ela sorri (eu posso imaginá-la sorrindo, na verdade, porque há um andar nos separando) e diz assim: "na hierarquia patriarcal dessa agência, mas não na minha cotação". E eu levanto a juba. É isso aí, vamos trabalhar, babe.

postado por Carol Bensimon as 17:03 | pitacos (13) | trackBack (0)

sincronizava.
O Dark Side of Oz pegou de jeito, acho que a Erica não viajou tanto em comparar a experiência da sincronia com O Chamado. E prossegue. Agorinha bateu tristeza e eu coloquei o Pink pra tocar o começo do álbum enquanto eu ficava viajando na lâmpada inscandescente da cozinha, deitada no tapete que mamãe bordou. Tua tristeza é a minha, menina Lisbon (a gente ainda pode se sair bem). Agora não dá pra desassociar o Dark Side of the Moon do Mágico de Oz, até porque eu nunca tinha parado pra ouvir o disco antes mesmo.
Eu já sabia que ia bater a sincronia afu antes de ir chez Jojo com todos os apetrechos. Isso porque a garota não se segurou na curiosidade e sincronizou em casa pra brincar de ver se funcionava. Desliguei assim que vi que o troço era sério, eu tava a fim de me apavorar em grupo. Adiantou pra já chegar sabendo que o terror ia rolar certo. Estômagos forrados e plays sincronizados, começou a rodar o espetáculo. Pois. Era um tal de Ai meu deus de um lado e Eu tô toda arrepiada de outro que vou te contar. Todas aquelas evidências que todo mundo estudou em site conspiratório com gif animado tavam lá. E mais do que elas, outras. Realmente chocante. Mergulhei profundo. A parte preto e branco é de arrepiar e me convençou de que nada poderia ser coincidência. O tom da música encaixava beleza no tom do filme e até a troca de cena/troca de faixa coincidiam. Assustou a Gig in the sky (sim, leitor, não lembro teu nome agora, mas tu tinha razão, um dos grandes trechos). A boca aberta com as bailarinas dançando ao ritmo da música, bem, isso pode ter sido um pouquinho empurrado por droguinhas, mas eu juro que vi. Mas o resto é tudo verdade, com ou sem qualquer substância.
O mais impressionante de tudo é que a coisa continua a sincronizar quando o disco rola pela segunda e terceira vez. No final do filme, por exemplo, quando a Dororthy chega em casa, começa a tocar a parte de Time que diz Home, home again. É realmente de se arrepiar todinha. Mas aí meu ceticismo dá as caras: não teria como o tio Roger Waters ter feito de propósito com o disco rolando três vezes. Só se o filme tivesse sido feito junto, o que não é o caso, né, uns 30 anos separam os dois. Rolam umas teorias de que a sincronia teria sido uma coisa assim, do além, mas eu não me permito acreditar em nenhuma coisa estranha, além de signos.
Se o filme tivesse aqui, sincronizava tudo de novo. Viciei.

postado por Carol Bensimon as 21:21 | pitacos (10) | trackBack (0)

dragão.
No trampo até que dá pra se divertir. Ontem ficou um grupeto até dez pra liberar folder, se salvando em cima de banana que o Victor deixou quando saiu. Sempre dá pra levar a desgraça pro lado do riso escrachado. A cabeça tava explodindo e eu dando risada em cima de texto de curso e trabalho no exterior, cogitando até limpar bunda de criança francesa. Hoje foi o dia do dragão, que o Firpo indicou no seu respectivo. É um dragãozinho de montar que dá ilusão de ótica e que parece mexer a cabeça te procurando. Foi um tal de dobrar pra dentro, dobrar pra fora e agora tá o bicho aqui em cima do computador. Daqui a pouco desço e apresento ele pro quarto andar.

postado por Carol Bensimon as 17:01 | pitacos (1) | trackBack (0)

margem de adiantamento.
Conflitos expostos aqui acabaram indo parar no romance, retransformados em frases bonitas. Tô com quatro capítulos, que beleza. Dessa vez ando fazendo tudo de outro jeito: eu tenho idéias dos conflitos dos personagens e de certas ações importantes, mas não faço planejamento em folha ofício e ítens precedidos de bolinha, não. Até tinha um esquema com cara de organograma que eu andei perdendo por aí. Tô aceitando minha confusão e deixando surgir um capítulo por vez. Esses, quando começo, sei onde vai dar. É a minha margem de ADIANTAMENTO, digamos assim, e tem bastado. Cada fim de capítulo, a mente entra em conversa pra ver o que vai rolar agora, em que ordem é mais interessante contar essa história. Mas vai ter que ficar pra segunda, porque agora tem que tocar a mono até a hora de ver o Mágico de Oz.

postado por Carol Bensimon as 11:00 | pitacos (13) | trackBack (0)

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