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você gosta de arte?
O cara faz pátina num bambu e chama de porta-incenso. O próximo passo é atacar os bares da Cidade Baixa com a pergunta Você gosta de arte? Melhor frase do mundo. Coloquei no romance. Na verdade não sei se ouvi isso mesmo alguma vez, mas claramente poderia.

postado por Carol Bensimon as 16:53 | pitacos (391) | trackBack (0)

elementar.
Se você não tiver nada de espirituoso para dizer no about do orkut, não diga nada. Meu conselho. Dizer que você é legal e "verdadeira" (ai) é assustador. Ou que "ama a vida". Dizer que você não gosta de pessoas cínicas ou de falsidade ou de mentira é tremendamente óbvio, ou alguém por acaso já disse gostar dessas coisas?

Encontrar depoimentos de cônjuges que não são mais cônjuges da pessoa em questão que você está espionando é TENEBROSO. Freqüentemente há coisas do tipo "nosso amor é pra sempre". Me constranjo por solidariedade.

Ah. E "muah" é a coisa mais gracinha que alguém pode te digitar no msn, além de ser um perfeito medidor de nível de interesse. Sempre alerta.

postado por Carol Bensimon as 21:35 | pitacos (8) | trackBack (0)

mon manège à moi c'est toi
DSC04665.jpg

postado por Carol Bensimon as 00:56 | pitacos (6) | trackBack (0)

hair.
Um dia inteiro pensando Não vou conseguir, e gerando momentos da mais pura ansiedade clichê do século. No outro a idéia de que Éééé, meu livro vai ficar trimassa. Estou com o DVD do Hair na minha frente. Acho que devo ter medo de um musical cujo hit é Age of Aquarius. Acho que devo ter medo de qualquer musical, mas assisti-los mesmo assim, pela bizarrice de ver conversas com rimas e pessoas subindo em cima das mesas. Há um capítulo chamado Sodomy. Outro: Fumar na Cama. E esse: Hare Krishna/Visões. Mais? "Família e cabelos". Pura diversão. Mas eu digo que é PESQUISA, tá? Pesquisa.

Update: estou na metade. Uma experiência que certamente resultará em trauma. VERGONHA ALHEIA. A trama é primária e as músicas horríveis. Mesmo. Até agora, já escutei umas quatro ou cinco músicas cujas letras são somente um monte de adjetivos empilhados. Nenhuma frase completa. Que eu me lembro: lista de palavras relacionadas a sexo (eles montados num cavalo e perseguindo umas burguesas com a intenção de chocá-las. Isso que no começo os cavalos DANÇAM com as patinhas. O horror); lista de possíveis sinônimos pejorativos para "negro", seguida de lista de empregos ruins; lista de partes do corpo (quando o hippie sobe na mesa. Sempre sobem, eu disse).

postado por Carol Bensimon as 17:51 | pitacos (13) | trackBack (0)

regra número um do cinema.
Quando alguém dá uma tossidinha, morre de tuberculose no final.

postado por Carol Bensimon as 01:02 | pitacos (11) | trackBack (0)

booba e kiki
Falávamos sobre sinestesia e ele procurou algo na Internet para me mostrar. Alguns de vocês devem conhecer o teste. Há essas duas formas e devemos escolher qual se chama booba e qual se chama kiki. Vou dar um tempo para alguns responderem e depois volto a falar sobre o assunto.

BoobaKiki.jpg

Update: sim, as pessoas que deram o seu palpite estavam certas: quando o teste foi feito, 95% a 98% das pessoas responderam que booba era a forma arredondada e kiki a pontiaguda. O assustador é que mostrei aqui em casas pra 6 pessoas, e 2 delas responderam o contrário. Sinceramente não entendi que tipo de distúrbio perceptual ou sei lá o que essas 2 tem. =)

postado por Carol Bensimon as 13:15 | pitacos (9) | trackBack (0)

vira-mate.
Devido ao meu pouco talento com coisas manuais, achei que seria interessante ter um vira-mate em casa. Na verdade, eu nem sequer sabia da existência disso até vê-lo desenhado em umas instruções ilustradas, e você tampouco deve ter ouvido falar de coisa parecida. Pois o tal vira-mate é um círculo que se coloca na abertura da cuia na hora de "jogar" a erva pra frente, substituindo a mão e evitando acidentes mais graves na cozinha dos outros. Então. Convencida de que só com um uso de mais um bem de consumo eu conseguiria desempenhar satisfatoriamente todo o processo, improvisei um vira-mate com um porta-copo. Te digo que dá na mesma. E logo veio a máxima: o vira-mate é tão essencial para o chimarreiro não habilidoso quanto é o cartão para o maconheiro não habilidoso.

postado por Carol Bensimon as 13:02 | pitacos (4) | trackBack (0)

fantasia genérica.
Hoje no parque me apaixonei por um garoto. Tentei dizer pra mim mesmo algo a respeito disso, mas nem mentalmente conseguia transmitir a sensação de que algo me fascinava absolutamente naquela visão do menino com a bicicleta largada na grama, sem camisa, o cabelo crespo interrompido só pelos fones de ouvido e a atenção toda voltada pra um livro. Nem me viu o menino, óbvio, e eu já pressentia o fim do momento platônico. Assim passou um tempo infinito em que eu estava tão envolvida com o garoto quanto com a trama de O som e a fúria, e num instante desses ele recolheu as suas coisas e subiu na bicicleta. Quando passou por mim, tive a certeza de que algo havia no garoto só pelo jeito que ele pedalava forte e se mexia sobre a bicicleta. Ele tinha uma certa solidão determinada e mais, parecia todos os garotos loiros dos livros e dos filmes e pelo qual todas as garotas se apaixonam, e era justamente esse aspecto genérico de uma fantasia qualquer que o deixava tão fascinante.
Talvez eu esteja precisando crescer.

postado por Carol Bensimon as 20:31 | pitacos (16) | trackBack (0)

moda intelô.
carol_cortazar2.jpg

Ainda não o conheço pessoalmente, mas o mineiro que me mandou uma camiseta do Cortázar (que ele mesmo faz) só pode ser bom sujeito. Ó que graça.

postado por Carol Bensimon as 14:21 | pitacos (1221) | trackBack (0)

matear.
Agora eu tenho uma cuia de gaúcho também, além da argentina que ganhei e foi o começo do hábito tardio. É claro que ainda não sei lidar com ela, e pra fazer portanto um morrinho bonito devo esperar a Maria chegar. Ah, mas antes dessa cuia, o Sr. Insanus ajudou-me no processo de escolher uma em passeio ao Mercado Público, enfatizando com um prazer evidente que a escolha da cuia tinha algo a ver com peitos. Vocês já ouviram falar disso? Pois entao. Claramente constrangida, deixei que o Sr. Insanus apalpasse as cuias e apenas emiti uma aprovação discreta e final. Bem, dois dias depois, a cuia rachou todinha com a água quente. Acho que era silicone.
Maria, sentindo-se culpada, me trouxe outra, posso dizer que essa também passaria no teste do peito, mas eu prefiro sempre imaginá-la como simplesmente cuia. A partir daí, ou mesmo antes disso, começamos uma intensa distração de provar tudo o que é tipo de erva (mate). As que vendem a granel no mercado me agradaram pelo gosto de... pampa? Maria, por sua vez, queixou-se do DEFUMADO, justamente o que tanto me agradou (além da evidente diferença de verde dessas para as de saquinho).
A Madrugada, tanto a industrializada como essa do mercado, ainda mantém a liderança. Mas ontem, numa ida ao Zaffari, me entusiasmei com as embalagens metalizadas das ervas nativas e adicionei uma tal Barão Verde ao carrinho. Óbvio que não sei qual a diferença técnica entre a nativa e a normal. Procurei na embalagem, mas tudo que achei foi MODO DE PREPARO, que termina dizendo que, após tomar o chimarrão, devemos guardar a cuia em local arejado (já sabia) e a bomba na geladeira. Inédito. Essa nem a Maria sabia. E depois vem esse papo de gaúcho macho. Baita frescura tomar chimarrão.

postado por Carol Bensimon as 17:46 | pitacos (16) | trackBack (0)

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