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dia de sol no labirinto.
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postado por Carol Bensimon as 12:54 | pitacos (4) | trackBack (0)

roendo unhas, tomando chá.
Não sei se me orgulho ou desprezo minha condição de FILTRO, fato é que sou incapaz de escrever como um turbilhão. Invejo os que assim o fazem, ou às vezes lanço-lhes um olhar superior. Contradigo. Tem vezes que eu entro numas de sobrar energia: me sento em entusiasmo e aqueço os dedos para começar o trabalho. Mas não tem jeito, dali não passa, sejam palavras publicitárias ou literárias: pra mim, escrever é muito mais o silêncio do que o barulho do teclado. Quero dizer, passo ali então 80% do tempo a contemplar o vazio e chafurdar na mente. Então pipoca uma frase e vai-se. Digito e novo tempo de contemplação. É por demais doloroso, isso sim.

postado por Carol Bensimon as 16:05 | pitacos (5) | trackBack (0)

ressaca corporativa.
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Nada faz sentido, ou o sentido incomoda? Vá para Galópolis. Não posso dizer ainda com precisão, pero confio nos gostos da amiga: esse minilugar nas proximidades de Caxias do Sul pode curar, nuns raios de sol e bergamotas, nossas ressacas corporativas. Mas a grande jogada é pegar a estrada, pouca ou nenhuma relação com o destino.
O sabado prevê tempo bom.
Se Antônio Prado já foi absurdo pros amigos, que não entenderam o sentido da coisa (exceção para o casal Dani F. e Sapo, que foram mais longe e passaram o reveillon no vilarejo), imagino que agora descolei-me completamente do atestado de sanidade.

postado por Carol Bensimon as 14:09 | pitacos (9) | trackBack (1)

la carretera.

É, velhinho, vida anda insana. E, pra evitar qualquer baboseira, fast forward na cena da menina chorando dentro do carro e embaixo dos lençóis (som de dark side of the moon), continue passando até ver o menino que ficou triste por uma ausência na formatura e veja que a felicidade se reconstitui em acasos, se um amigo um dia pareceu distante, um distante outro dia pareceu muy amigo.
E pra entender o amor, vai-se do consultório pro Platão (O banquete, $15 na Cultura). Se mesmo assim ficar buraco, até zodíaco salva.
O tempo nunca rende os desejos de que renda, mas ainda assim rola uma produçãozinha: na semana que acabou, escrevi um miniconto pro Na Tábua (não sei quando sai) e uma crônica que, torçamos, pode figurar num desses veículos que não imaginei ser mais do que leitora. Houve também uma idéia durante o msn filô de everyday, dessas que enche a tela de terríveis pontos de exclamação um do lado do outro: uma novelita que pode quedar preciosa. Estava há pelo menos um ano se insinuando, mas agora é que percebo o pontencial literário da piada interna/lenda urbana envolvendo el famoso restaurante em Portão que nunca vamos.

postado por Carol Bensimon as 14:23 | pitacos (2) | trackBack (0)

no hay banda.
* O Curitiba Pop Festival virou Curitiba Rock Festival, e eu me voy com Lisbon Sister empreitar esse luxuoso turismo de fim de semana, bem maior que nossos bolsos. Acontece no dia 24 e 25 de setembro, e por enquanto a única confirmação que rola oficialmente (especulações eu NEM vi) é o Weezer. Ontem largaram no site os preços do ingresso: confesso que nunca imaginei que custaria o equivalente a uma passagem até a ópera de arames e coisa e tal. Os 10.000 primeiros serão vendidos pelo preço PROMOCIONAL (a ironia não é minha, é dos próprios) de $140 (válidos para os dois dias).
Já que entramos nessa de brincar de ser rica, vai ter que rolar, é tarde, é tarde.

* No Cake? Não vou.

* Pois aquela história de ir de galera na Avril Lavigne melou completamente. Os caras resolveram crescer o olho: 80 dinheiros o ingresso mais chinelo. Com esse preço, nem rola aquele consumo irônico programado. Mas eis que há uma remota chance de descolar um ingresso por meios publicitários. Remotíssima. Ralou-se o momento girls just wanna have fun.

postado por Carol Bensimon as 09:47 | pitacos (5) | trackBack (0)

naomis kleins.
Tem esse sujeito aqui na agência que junta informações relevantes para o Mercado e manda pros funcionários. Não há fonte dessa notícia abaixo (da qual excluí um pedaço) que fala sobre um movimento chamada shop dropping. Gostei imensamente. Ia ser deveras divertido entrar no supermercado e encontrar embalagens transformadas em intervenções artísticas.
Mas eu não sei quanto tempo duraria isso numa prateleira do Zaffari.

Um novo movimento nos EUA está surpreendendo consumidores e fabricantes de produtos industrializados. Chama-se 'shop dropping' e envolve artistas que alteram as embalagens, aplicando trabalhos seus por cima dos rotulos originais (...) Os artistas que participam do movimento tomam cuidado para nao serem flagrados por funcionarios e gerente das lojas. O movimento já mereceu exposiçao numa galeria em Sao Francisco. Noticia da CNN ouviu um dos artistas envolvidos - fotógrafo, cobre latas com imagens originais de sua autoria e acrescenta o endereço de seu site. Diz que a ideia por tras do movimento é "subverter o espaço comercial para utilizaçao artistica".

Aqui tem uma matéria sobre o fato.

Tá, eu sei que nesses últimos dias eu me tornei um /filisteu menos culto e pedante, servindo de mediados entre o caro internauta e a informação. Em breve voltaremos ao normal.

postado por Carol Bensimon as 15:46 | pitacos (3) | trackBack (0)

democratização da informação é uma merda.
É impressionante a quantidade de "revistas" e "portais" de cultura pouco confiáveis que aparecem quando procuro no google informações sobre algum filme. Hoje a coisa EXTRAPOLOU de verdade quando, digitando "road movie" por motivos que não cabem explicar aqui, me deparo com a PIOR RESENHA DA HISTÓRIA. Embora o furor do Diários de Motocicleta já tenha passado, não posso deixar de registrar as infelizes palavras de uma moça que chama-se simplesmente Ana Camila.
Separar o JOIO do TRIGO faz a gente perder um tempão, quando QUALQUER um pode manifestar-se nessa democratização descontrolada. Sim, eu inclusive, mas acho que me sobra auto-crítica pra me considerar inapta a fazer uma resenha cinematográfica, por exemplo, o que não é o caso de nossa amiga ANA CAMILA.
Observe um trecho:

...mas por que diabos o escolheram [Gael Garcia Bernal] como o Che? O rosto e a aura do Che Guevara são mundialmente conhecidos e, de repente, estava ali aquele menino pequeno, pouco expressivo, representando o revolucionário.

Acho que ela não entendeu que justamente o objetivo do filme era mostrar que o Che não como um mito, mas como uma pessoa COMUM, diabos. Depois só MELHORA:

Além disso tudo, o filme passou a, perto do fim, congelar fotografias do povo que os dois viajantes conheciam. Fotografias congeladas e em preto-e-branco, aquela velha indecisão entre ficção e documentário. Não só a indecisão, mas o clichê mal administrado fizeram dessa escolha mais uma prova da fraqueza do filme.

Hellooooo, Ana Camila, que porra é essa de "indecisão"? Por que alguma coisa precisa ser OU isso OU aquilo? Se, como em mim, há um prazer seu em BUFAR, leia a íntegra do absurdo.

postado por Carol Bensimon as 15:17 | pitacos (2) | trackBack (0)

la barca.
Quando o comandante conseguiu desencalhar a embarcação, quase colidiu com a ilha do Sol, com a própria ilha de Paquetá e com um navio da Petrobras. Os passageiros, a essa altura em pânico, pediram que o comandante parasse e aguardasse socorro da Capitania dos Portos, fato que foi ignorado. A autora alega ainda que, depois de horas navegando, a barca quase bateu em um dos pilares da Ponte Rio-Niterói, atingindo nesse momento uma canoa de pescadores, lançando um deles ao mar.

O resto aqui.

postado por Carol Bensimon as 09:34 | pitacos (1) | trackBack (0)

eu amo luminol.
90% do que eu assisto na tevê tem relação com criminalística. Não é propriamente uma escolha, fato é que parece sempre o mais interessante do horário. Veja, eu até preferia um mythbusters, mas, a partir das 22h, discovery, national geographic, todos lançam no ar os seus programinhas de assassinatos. Mas, digamos que basta ver cinco ou seis para entender o quanto o ser humano se repete em chocantes obviedades. Marido mata mulher e, em casos mais raros, mulher mata marido. Me deterei nessas situações conjugais, que são as que aparecem com mais freqüência, e são essas que me assustam e me põem minhocas na cabeça. Como é que você convive com uma pessoa durante dez anos e depois ela te mata? Isso significa que ele é um tipo insano de gente, ok, mas o assassinado passou dez anos sem de fato perceber que um dia poderia ter seu corpo desmembrado cruelmente por um cutelo e uma serra elétrica. Mamãe mataria papai? Papai mataria mamãe? Minha tia mataria seu novo marido? Eu mataria alguém? Pois. Me parece que NÃO, certo? Mas quem disse? Porque também parecia que NÃO em todos esses casos que viraram SIM e foram parar na tevê. Penso em questões futuras: como saber se estarei a conviver com um psicopata em potencial? Veja que me coloco confusões.
(e mesmo assim eu não tenho pesadelos)

postado por Carol Bensimon as 10:25 | pitacos (7) | trackBack (0)

jornalismo.
Desde de manhã está a manchete no Terra "Homem morre sodomizado por cavalo nos EUA". Não é possível que nessas seis horas nada mais interessante tenha acontecido no mundo.

postado por Carol Bensimon as 15:56 | pitacos (13) | trackBack (0)

só uma palavra.
É pelo olho do outro que a gente se vê envelhecer. Parece que ontem os garotos da sinaleira (sinal ou semáforo para os não-gaúchos) me chamavam de guria, ou nem me chamavam de nada, porque de mim não conseguiriam moeda, tampouco eu estava na direção do carro. Mas agora eu virei "tia" e, em algumas lojas especialmente educadas, mas que não percebem que assim me CORTAM AO MEIO, até "senhora".

postado por Carol Bensimon as 18:18 | pitacos (8) | trackBack (0)

então tá.
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Eu sou a que está segurando as tranças.

postado por Carol Bensimon as 12:49 | pitacos (14) | trackBack (0)

pior filme.
Vai demorar muitas décadas para que consigam fazer um filme tão ruim quanto "Um filme falado". Embora eu já desconfiasse desde os primeiros cinco minutos, me acalmava pensando "tem a Catherine Deneuve e o John Malkovich, não pode ser qualquer filme" e também "pô, está em cartaz há varias semanas". Eu tinha tanta, mas tanta vontade de rir, tamanha a falta de noção do diretor da película. Quando rolaram os créditos, eu e Lisbon Sister explodimos em sonoras gargalhadas. Seguimos rindo no carro, tentando entender o que exatametente tinha acontecido.

postado por Carol Bensimon as 09:13 | pitacos (1) | trackBack (0)

destruir pra celebrar.
Eu nunca entendi esses estereótipos masculinos. Quer dizer que o São Paulo ganha, e os torcedores, para COMEMORAR(?), deprendam a cidade inteira? Isso sim representa a total perda de sentido dos acontecimentos.

postado por Carol Bensimon as 18:11 | pitacos (8) | trackBack (0)

as venezianas são azuis.
Tá no ar a Bestiário 17, com um conto meu. Vai , amigo.

postado por Carol Bensimon as 12:15 | pitacos (4) | trackBack (0)

reunião dançante do primo.
Depois de umas horas a mais no trabalho, eis que vou parar numa reunião dançante do meu primo, que fez 11. Reunião dançante é termo gaúcho, o Paulista me informou que conhece por "bailinho". Espero que todos sejam capazes de entender do que falo, de qualquer maneira.
Eu estava realmente curiosa para entrar nessa reunião dançante e ver o que mudou de lá pra cá. Já sabia que haveria um cara fazendo pizza para a criançada, diferença significativa em relação aos gelados croquetes ou aos isoporados salgadinhos.
Logo que entrei no salão, me pus um sorriso saudosista: o cheiro de gelo seco continua igualzinho (o olfato, aliás, me parece o sentido mais apurado para revirar memória. é incrível). O resto, por outro lado, mudou consideravelmente: as crianças tinham pulseiras brilhantes na mão e dançavam funk e Ivete Sangalo, alternados com Nickelback e Outkast. Tentei buscar a minha imparcialidade e imaginar se havia algo parecido com funk ou axé na sua baixa qualidade nos meus tempos de reunião dançante. O pior que encontro é Débora Blando, que ainda me parece superior. Sigo.
O DJ presenteia meu primo e o outro aniversariante com um cedê. Espio as faixas e solto um "a década de 90 era bem melhor". Meu pai ri. Encontro nas faixas "Basketcase" e me surpreendo. Ainda tocam? Essa é a melhor. Engraçado, alguns adultos ali no meio, e me lembro que reunião dançante era o NOSSO momento, as garagens eram tomadas e os pais ficavam confinados dentro do quarto. Ainda rola música lenta, e os meninos e meninas se pegam como uma certa distância.
No terraço faz noite agradável, sento numa cadeira branca e fico comendo a pizza que guardaram pra mim. Tem uma garota que vai sentar sozinha volta e meia e eu rapidamente simpatizo com (você sabe que tem problemas quando.... se identifica com a garota solitária)
A minha reunião dançante ideal tocaria Neil Jung, do Teenage Funclub, céu estrelado, e eu sentindo algo por um garoto, que nem me lembro mais como é. Aliás, fiquei pensando isso ontem: tem uma menina de rosa que o meu primo é a fim. Mas como era mesmo gostar de alguém na quinta série? Certamente bem menos complicado.
E daí entrou "tô ficando atoladinha", a atmosfera se destruiu e nada mais fez sentido algum.

postado por Carol Bensimon as 10:22 | pitacos (12) | trackBack (0)

dilema um.
Uma das coisas mais complicadas em fazer publicidade é deixar a sua opinião de lado e fazer a vontade do cliente, quando a situação assim exige. É ter que se desvincular da idéia que você achava boa (e funcional) e começar a trabalhar através da ótica insana do cliente. Eu me envolvo. E fico me lamentando por ter que construir uns caminhos tortuosos e que não me agradam, quando SEI que a velha idéia era tão melhor. Com o tempo talvez eu simplesmente ignore a coisa e nem sinta os lamentos, o que a gíria gritaria aí "desapegaaaa". Mas é realmente um exercício de paciência e auto-controle o autor construir algo que ele próprio acha ruim.

postado por Carol Bensimon as 17:49 | pitacos (3) | trackBack (0)

eu nem vi.
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Eu, Bru e Ciça no Bambu's de Parati, denominação que renderá um post sobre gauchismos.

postado por Carol Bensimon as 18:51 | pitacos (5) | trackBack (0)

hiper documentação.
Muitos amigos e conhecidos na Flip. Quase todos eles com sua câmera digital, alguns clicando compulsivamente, inclusive. As digitais realmente invadiram os bares, as festas, tornando-se uma diversão complementar. Tirar fotos pode ser uma boa opção para os que, como eu, não bebem, e portanto ficam brincando com o que houver na mesa (isqueiros, papéis, carteiras de cigarro). Mas, além dessas trivialidades, andei pensando algumas questões um pouco mais interessantes: a minha geração terá uma incrível documentação do passado através dessas imagens digitais. Mas não será um registro exagerado de lembranças? Será que nossos filhos herdarão cds com milhares de imagens? Que conseqüências trará a hiper documentação?
Me parece que tirar tantas fotos é o jeito pós-moderno de tentar manter um instante, de modo que esse post dialoga de alguma forma com o que escrevi abaixo. Essas coisas me levam também a pensar de que essa enorme quantidade de fotos é um reflexo de nosso saudosismo precoce, ainda mais grave que cultuar os anos 80 ou 90, por exemplo: demonstra que, antes mesmo do presente tornar-se passado, já estamos sentindo saudade.

postado por Carol Bensimon as 10:05 | pitacos (15) | trackBack (1)

metro-boulot-dodo.
O Chefe sempre se coloca no meio das nossas mesas e vem contar alguma coisa que leu ou que ouviu. Uns dias antes da minha viagem pra Flip, ele mencionou uma crônica (se disse o autor, me esqueci) que falava sobre o quanto o tempo era relativo e como a sensação de tempo passando depressa ou devagar estava ligado à rotina. Isso quer dizer: quando se está numas de trabalhar, ir pra casa e dormir, o negócia voa mesmo (os parisienses inclusive usam o trinômio metro-boulot-dodo (algo como metrô-trabalho-dormir) para referir-se a esse cotidiano entediante. Por outro lado, quando viajamos (não sei se foi o exemplo da crônica, mas foi o do Chefe), parece que o tempo se arrasta. Discorde se quiser, mas te digo que estava com isso nas idéias quando fui pra Parati e vi que a coisa realmente funciona. É claro que os dias parecem curtos pra fazer e ver tanta coisa, isso sim. Mas não é preciso mais do que 24 horas para sentirmos uma estranha sensação de que estamos naquele lugar há séculos. Foram apenas cinco dias entre São Paulo e Parati e parecia que eu estava longe do trabalho há seis meses. Me eram tão distantes as lembranças do cotidiano portoalegrense que chega a ser assustador a hora de retomada das velhas posições. Mas aí, do mesmo jeito que nos adaptamos tão velozmente a uma viagem, a volta à rotina também acontece rapidinho, e em alguns dias o passeio vai tomar uma espécie de distanciamento, ficando semi distorcido pela memória. Memória essa que apronta e me angustia. Veja, por exemplo: eu li o Grande Gatsby há três anos e já sou incapaz de me lembrar como era. Sei que gostei, e me lembro de fragmentos de trama, só isso. Acumulamos anos de leituras para nos lembrarmos apenas do que lemos nos últimos meses? Essas coisas me levam às vezes a acreditar que a vida tem que ser mesmo essa coisa pós-moderna dos prazeres fugazes e do instante. Ler o livro para o prazer da leitura somente, porque é provável que quase nada fique para além disso.

postado por Carol Bensimon as 16:43 | pitacos (7) | trackBack (1)

breves.
Estou em São Paulo, e olhando tudo com atenção. Aquelas péssimas impressões 1) da primeira vez e do meu pânico em relação a um homem vestido de vampiro 2) das marginais e essas coisas feias que acessam o Rio estão dando lugar a uma nova imagem. Não é exatamente BONITA, mas ao menos FUNCIONAL. É do tipo se deslumbrar com enormes lojas na Liberdade que vendem produtos que jamais experimentei, e nem ao menos sei para que servem (mas as embalagens são lindas, e é sempre delicioso deparar-se com o desconhecido). Tenho conversado bastante com o Paulista sobre essa paulicéia aqui e a minha província do sul. Ontem larguei a mala e saímos para comer. O mundo intelô é um cu até em São Paulo: lá estavam dois gaúchos, o cineasta e a modelo. Ri barbaramente.
Há muitos modernetes por aqui, e lojas de roupas bacanas. Eu paguei 8 reais por uma fatia de bolo. Tudo bem. Amanhã pegamos a estrada.

postado por Carol Bensimon as 19:39 | pitacos (4) | trackBack (0)

tô indo.
Estou quase embarcando pra São Paulo (e, depois, Paraty, num mini road movie particular). Uma crachá de imprensa me fará passar pelas roletas de TODAS as mesas. Então prometo trazer novidades literárias. Se der tempo, direto de lá. Cuidem-se quando eu não estiver aqui.

postado por Carol Bensimon as 18:01 | pitacos (2) | trackBack (0)

arachibutyrophobia
Você sabe o que é isso? Apareceu num teste sobre fobias que eu estava fazendo. E, como a gente espera que uma das opções de escolha sempre seja uma tirada engraçadinha, não tive dúvidas de que a piada era a letra b: Peanut butter sticking to the roof of the mouth. Mas, caro amigo, a essas alturas você já entendeu que o teste me aprontou BONITO. Essa era a resposta certa. Sim. Arachibutyrophobia refere-se ao pânico de ter pasta de amendoim grudada no céu da boca.
Achando tanta, mas tanta graça no fato, resolvi dar um google search. Aí sim é que caí da cadeira. Veja esses resultados. É incrível. Diversão ilimitada. Leia trechos das belezas:

For anyone earning a living, the financial toll of this phobia is incalculable. Living with fear means you can never concentrate fully and give your best. Lost opportunities. Poor performance or grades. Promotions that pass you by. arachibutyrophobia will likely cost you tens, even hundreds of thousands of dollars over the course of your lifetime, let alone the cost to your health and quality of life. Now Arachibutyrophobia can be gone for less than the price of a round-trip airline ticket.

As causas?

Like all fears and phobias, arachibutyrophobia is created by the unconscious mind as a protective mechanism. At some point in your past, there was likely an event linking peanut butter sticking to the roof of the mouth and emotional trauma.

Se há um nome, um tratamento e uma parcela da população TEMENDO a manteiga de amendoim, creio que deve haver um nome, um tratamento e uma parcela da população temendo QUALQUER COISA!
Ah, e algo que me pergunto: por que diabos essas pessoas não param simplesmente de comer o negócio?

postado por Carol Bensimon as 09:47 | pitacos (7) | trackBack (0)

famous first words.
Sossegando um pouco do fim de semana agitado, ontem foi a noite dos quiz internérdicos. De bandeiras a capitais dos Estados Unidos (esse último realmente impossível). No MSN Encarta tem um monte de quiz, divididos por áreas. O melhor até agora foi o Famous First Words, sobre inícios de livros.

postado por Carol Bensimon as 09:13 | pitacos (0) | trackBack (0)

o cowboy foi mijar.
Festa Junina da agência na Vila Nova, alguns fatos a comentar. Primeiro: estou ali afastada do tumulto no meio da escuridão e de umas quantas árvores, guria de apartamento sempre se deslumbra com essas coisas. Vem o Cowboy e se prepara pra mijar. Ué, mas e o banheiro...? Não comento nada. Nos despedimos assim, eu fico ali com a luz da brasa. Hoje, no entanto, me vi obrigada a perguntar porque diabos o Cowboy aparecia nas árvores volta e meia se o banheiro era tão mais acessível. Argumentou que homem GOSTA de mijar na rua. O outro, ao lado, concordou, acrescentando um componente biológico sobre demarcação de território.
Eu sempre vi a coisa toda como uma vantagem: na falta de lugar próprio para, o sujeito tem uma solução. Agora JAMAIS pensei no prazer do alívio ao relento. Faz algum sentido mesmo? Eu nunca fui fã desse papo de instinto e coisa e tal.

postado por Carol Bensimon as 15:57 | pitacos (9) | trackBack (0)

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