sutilezas.
O amigo não aguenta a sutileza. Pra você é material muito analisado por horas deitado na cama, a caminho do trabalho, uma sutileza repensada reconfigurada recolocada na cabeça como sinal de algum troço importante, mas pro amigo nem vale a pena contar e, caso se faça, ele vai dizer o que acha: insignificante. Se em uns gestos pequenos você sente uma nova atmosfera pegando, o amigo acha no máximo que há um exagero ocasionado pelo seu desejo em ver as coisas de tal forma. Um mail, palavra ou olhar, pro amigo é tudo normalidade. Então você não vai dizer é, fiquei de noite pensando remoendo inventando um final, sorri desnecessariamente algumas vezes pelo dia e diminuí na carga de chocolates. Dá uma vergonha confessar pro amigo, mas ao mesmo tempo aquela necessidade de dividir as evidências, porque é você bem no meio da ação, totalmente confuso por estar talvez exagerando, mas, ô, amigo, pega leve comigo, diz que tem futuro, vai.

postado por Carol Bensimon as 09:33 | pitacos (2) | trackBack (0)

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