placebo.
Mal entro no galpão onde logo mais vai tocar o Placebo e encontro o Gabriel. "Porto Alegre inteira está aqui". De fato. Não Porto Alegre inteira, mas nosso mundo diminuto. Na multidão, dá pra achar facinho os amigos, como se fosse uma Noisy ou uma Chinelagem fabicana expandida. Dentre os desconhecidos, se reconhece alguns meninos e meninas que vão aos domingos pra frente do arco da Redenção. Altamente instrutivo, o evento também revela os ex-colegas de colégio que viraram "alternativos". Nosso mui popular e publicitário companheiro de show cumprimenta todo o "mercado" com entusiasmo. Me alegro que chegamos quando já toca a última banda antes do Placebo. Mas queria ter visto a Superphones, ao menos. Olho pro palco minúsculo e me lembro das imagens do Placebo tocando em Paris, aquela multidão toda, e agora aqui? Tá, os caras realmente têm muito espírito de aventura.
Perto de começar, a gente escolhe um lugar no fundinho com uma certa possibilidade de visão. Digo possibilidade porque impossível pra alguém da minha altura assistir um show decentemente. Os caras entram, a multidão da frente grita e o resto todo do fundão, que mal conhece as músicas, finge que tá vendo um DVD. Não conheço a primeira música. Okay, vai ficar melhor. A segunda é Bitter End, grande, hora de dar pulinhos. Largo um já volto, vou me infiltrando, tomo de arrasto alguém pela mão e chegamos na zona dos suados e maconheiros. Every me and every you, mais pulinhos. Volto pro posto dos calmos, que é ao qual pertenço naturalmente, e dou mais um tempo lá, enquanto chegam as melodias desconhecidas. Mais pro final, de novo na linha de frente dando pulinhos solitários em This Picture e Special K. As últimas eu pego mais de longe ainda, perto do bar bebendo uma água, pular cansa e eu já não tenho idade ou espírito. Vejo dali os caras destruírem Teenage Angst, tantos quilômetros que eu rodei ouvindo essa porra nos meus 18 e agora chegam ali e transformam em baladinha. Tá bom.
O show termina bruscramente frio, acendem as luzes, vencem os Cartolas, mandam a galera embora. Vem multidão e a gente no contra-fluxo, cumprimentando (evidentemente, o publicitário ganha). Ainda rola um tempinho de social pra dizer que eu não ouvi o telefone tocar, pra k me constranger, pra dani f. rir da minha cara e pro gabriel me segurar e me rodar no ar.
Não sei vocês, mas eu me diverti.

postado por Carol Bensimon as 09:28 | trackBack (0)

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