gato e rato.
Eu nunca tive gato, mas eu sei que os gatos perseguem os ratos, nem que seja pelo Tom & Jerry, e ainda assim ela fez questão de me contar os pormenores das desavenças, descrever o instinto dos gatos, os jogos de poder e a adrenalina da perseguição. O gato persegue o rato e deixa lá a caça bem no caminho dos donos, pra mostrar que ainda sabe das coisas. O gato, uma vez atrás do rato, pega a presa e CLARAMENTE dá umas largadinhas, pra sair correndo de novo. Pega e solta, deixa correr, vai de novo, o gozo do gato é ir atrás. E no mínimo o rato curte dar a corridinha. Embora ela, a analista, diga que eu fico TANGENCIANDO e fazendo ambíguos jogos intelectuais por aí, não me disse ela também que era eu o gato, mas assim o entendi, porque não se precisa dizer B para que se entenda B.
Embora pareça nessas conversas que o que eu gosto são os tortuosos caminhos amorosos, e não propriamente o destino, juro que eu me esforço pra tentar O OBJETIVO, embora provavelmente pirasse um pouco se o soubesse possível.
- Psi, sabe o que eu queria? Eu queria era ______ (descrição de ação que não terei coragem de pôr em prática).
E ela, cínica:
- E fez?
- Claro que não, né! Hahahaha, podia me internar se eu fizesse!
- Hahahaaha, ou podia te dar alta, porque aí era sinal que tu tinha vencido todas as tuas travas.
Ai, a psi é de matar!
Ô, rato, não me desestrutura assim, vai.

postado por Carol Bensimon as 14:59 | pitacos (0) | trackBack (0)

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