a loira.
Ainda que eu pregue um Vamos ir a bares diferentes, a loira quer ir sempre no Mercatto. E eu cedo como se difícil de ceder, mas só pra pra fingir que faço as vontades dela. O que acontece de fato é que eu sorrio, antes, durante e depois, porque no Mercatto é aquele calorão acompanhado de sensação de casa, e embora saia sempre na Veja Porto Alegre como O melhor lugar para is a dois, nem se vê tantos casais assim. Tem aquelas cadeiras que não entram embaixo das mesas direito porque foram feitas separadas e diferentes, mas não dá nada. Lá eu conheço as moças que me atendem, porque todas conhecem a loira, e quando a loira vai no banheiro depois de ter virado cerveja na saia, a gente comenta o quanto é diversão garantida no ambiente quando lá a loira está, sempre. É que já tracei história no Mercatto e sou muito apegada às lembranças. A loira se dedica em mim, enquanto me defuma com o cigarro. Já escreveu meu projeto de monografia em guardanapo e traçou os meus planos de conquista com meticulosidade aprendida em pós-graduação em marketing.
A loira quer sempre que eu beba, e às vezes sinalizo por um bola de neve ou caipirinha de morango, mas quando a vontade é pouco e também o dinheiro, nada me convence e eu fico na água, enquanto vem e vem cerveja pra loira, que lá pelas tantas tá gritando pelas meninas e pegando pela cintura na maior intimidade. E quando a gente vai embora ela se mete pela porta abrindo sozinha as chaves todas, a casa é dela e eu sou só um acessório na história toda.
Amo essa guria. É. Anos tentando viver de amor pra descobrir com a loira o que de fato é amizade.

postado por Carol Bensimon as 17:45 | pitacos (4) | trackBack (0)

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