jogo subterrâneo.
Como havia acontecido todo um preparo para o pior, o Jogo Subterrâneo acabou nem despertando sentimentos de levantar e ir-se embora o que, convenhamos, já é um feito. Como bem disse o Firpo, o núcleo vilão da película é uma vergonha. Maitê Proença merecia uma framboesa de ouro ou, na falta da framboesa, uma ACEROLA. A presença da escritora cega é forçadíssima e a atuação do Felipe Camargo (sobretudo as frases em off) deixa muito a desejar. O que acaba salvando o filme é a única coisa que não tinha como destruir do conto original do Cortázar, que é a TRAMA em si, ao menos de princípio, porque o tal "segredo" da branquela metida a gostosa espera POUCO do intelecto do espectador. Sim, sim, always fun isso do jogo de procurar mulheres pelo metrô, baseando-se num roteiro pré-determinado que elas devem seguir. Pena que isso não resulta diálogos DE NÍVEL. Outra: alguém que tem esse tipo de obsessão é um ser claramente transtornado e desconectado do mundo real. Não creio que ele teria o tipo de personalidade construída para o Martin (Felipe Camargo), que era, essencialmente, a de um homem NORMAL.
Ainda que talvez seja clichê (pensei muito sobre isso, não consegui classificar), a última cena, com o piano (não entrarei em detalhes pra não estragar o cineminha de ninguém) me deixou tocada. Mas, de qualquer maneira, não deu pra acreditar muito no amor daqueles dois. Parecia o tempo todo FAKE e que, quando ele parassem por cinco minutos pra conversar, TUDO se destruiria com extrema facilidade.

postado por Carol Bensimon as 11:23 | pitacos (4) | trackBack (0)

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