teatro é sempre um risco.
Eu disse essa frase pra uma das meninas aqui debaixo e ela ri até hoje. Me acha uma piada, a garota. Mas não é que teatro é sempre um risco mesmo? O que eu quis dizer, bem, é que nunca sabemos onde estamos nos metendo. Como a informação é pouca, o inesquecível e o desprezível andam colados. Só vai ao teatro quem aceita o risco. Eu geralmente não vou. Aliás, é o que fazem muitos dos quais deveriam ir, na teoria. O intelectual MÉDIO não tá curtindo o teatro. O teatro ou é hippie ou é comédia de péssimo humor que atrai famílias cujo pico da intelectualidade é assistir o Jô e ler a Veja.
Quando eu me sinto mais segura, eu até encaro um teatro. A última peça que eu vi acho que foi Melanie Klein, porque havia referências e tal. Pessoas falaram, críticos escreveram, embora isso não seja garantia de nada. A próxima que eu vou encarar, esse fim de semana - desde o começo do mês estou decidida a isso - se chama Baque. O roteiro é do cineasta Neil Labute, que é um cara que acho foda, com exceção do Enfermeira Betty, que é uma bela porcaria. O Baque vai rolar no São Pedro. Vai lá, eu acho que rende. Três histórias: tragédia pessoal de homem de negócios, casal relatando fim de semana violento, garota de treze seduzida pelo professor.
Estarei lá, eu e as velhinhas, socialmente segregada em alguma cadeira barata.

postado por Carol Bensimon as 09:47 | pitacos (6) | trackBack (0)

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