democratização da informação é uma merda.
É impressionante a quantidade de "revistas" e "portais" de cultura pouco confiáveis que aparecem quando procuro no google informações sobre algum filme. Hoje a coisa EXTRAPOLOU de verdade quando, digitando "road movie" por motivos que não cabem explicar aqui, me deparo com a PIOR RESENHA DA HISTÓRIA. Embora o furor do Diários de Motocicleta já tenha passado, não posso deixar de registrar as infelizes palavras de uma moça que chama-se simplesmente Ana Camila.
Separar o JOIO do TRIGO faz a gente perder um tempão, quando QUALQUER um pode manifestar-se nessa democratização descontrolada. Sim, eu inclusive, mas acho que me sobra auto-crítica pra me considerar inapta a fazer uma resenha cinematográfica, por exemplo, o que não é o caso de nossa amiga ANA CAMILA.
Observe um trecho:

...mas por que diabos o escolheram [Gael Garcia Bernal] como o Che? O rosto e a aura do Che Guevara são mundialmente conhecidos e, de repente, estava ali aquele menino pequeno, pouco expressivo, representando o revolucionário.

Acho que ela não entendeu que justamente o objetivo do filme era mostrar que o Che não como um mito, mas como uma pessoa COMUM, diabos. Depois só MELHORA:

Além disso tudo, o filme passou a, perto do fim, congelar fotografias do povo que os dois viajantes conheciam. Fotografias congeladas e em preto-e-branco, aquela velha indecisão entre ficção e documentário. Não só a indecisão, mas o clichê mal administrado fizeram dessa escolha mais uma prova da fraqueza do filme.

Hellooooo, Ana Camila, que porra é essa de "indecisão"? Por que alguma coisa precisa ser OU isso OU aquilo? Se, como em mim, há um prazer seu em BUFAR, leia a íntegra do absurdo.

postado por Carol Bensimon as 15:17 | pitacos (2) | trackBack (0)

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