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meu herói.
Um cara de notebook no Parcão.

postado por Carol Bensimon as 19:15 | pitacos (3) | trackBack (0)

português açoriano.
A certa e obrigatória familiaridade atual com os Açores, graças ao recém citado mondo acadêmico, me levou até a pergunta: e como será o sotaque do açoriano? Ainda que entre o arquipélago e Portugal haja mais de mil quilômetros de distância, me iludi e simplifiquei dando de ombros que Ah, deve ser que nem português de Portugal.
Ontem encontrei um vídeo que esclarece tudo. Evito dizer qualquer coisa, para que a experiência seja completa.



postado por Carol Bensimon as 09:51 | pitacos (6) | trackBack (0)

mondo acadêmico.
É provável que eu defenda minha dissertação em agosto de 2008 se eu resolver adiantar a coisa toda, ou no período regular, isso quer dizer, 2009. É um bocado de tempo que falta, mas contrariando qualquer tendência a resolver tudo na última hora, ando já envolvida - até os ossos - tanto com a criação literária quanto com a teórica. Para aqueles que não sabem, o resultado do meu mestrado deve ser uma obra literária, acompanhada do que chamam de “capítulo teórico”, ou seja, uma reflexão teórica sobre algum aspecto da obra. É sobre essa pequena parte que quero falar agora. Porque era de se esperar que alguém a fim de produzir literatura, ainda que financiada pelo CNPQ e com toda a confiança da PUCRS, ia levar essa parte de teoria como chatice obrigatória onde vale a lei do menor esforço. Portanto qual não foi minha surpresa quando essas futuras trinta páginas iniciais transformaram-se na minha petite obsession. Nunca podia imaginar que pesquisa acadêmica ia ganhar ares tão divertidos quanto as investigações policiais que eu imaginava na infância, e grande parte disso deve-se ao fato de que, sim, eu quis me complicar pra caralho e escolhi um assunto sobre o qual praticamente não existe teoria. Isso quer dizer que não preciso criar uma, mas QUASE isso, o que é mais do que estimulante. Segundo, vou ter a satisfação de trabalhar com três livros excelentes e que têm todos menos de 25 anos. São eles: O Naúfrago (Thomas Bernhard, 1983), O Perdido (Hans-Ulrich Treichel, 1998) e Extremamente Alto & Incrivelmente Perto (Jonathan Safran Foer, 2005). É, além de preferência pessoal, uma escolha com ares de alfinetada. Porque não faz muito sentido ler A Canção de Rolando hoje, que não seja por um mórbido interesse histórico, os panoramas da sociedade portuguesa em Eça de Queirós são chatésimos, Erico Verissimo é superestimado, enfim, admito a importância de tudo isso e de D. Quixote, mas chega né, não obrigada, não quero olhar tão para trás, e que venham os futuros professores revolucionar esse mondo acadêmico.

postado por Carol Bensimon as 16:32 | pitacos (6) | trackBack (0)

olhos muito arregalados.
Acabo de descobrir que o Hanson lançou um novo álbum. Não quero ouvir, obrigado. Só quero ver as carinhas e lembrar de escutar Mmmmbop uma hora dessas, provavelmente vendo os meninos saindo de uma flor. Um dois piores clipes daqueles que anos nos quais a MTV estava formando o nosso caráter.

postado por Carol Bensimon as 21:59 | pitacos (5) | trackBack (0)

verbo avoir.
Quando preciso de um xerox para dar uma aula de francês, caminho até uma tabacaria perto de casa. Se vou num ritmo flâneur, consigo ouvir umas cinco ou seis músicas entre a ida e volta, e às vezes me lembro de umas que não lembrava e lembro sobretudo que tenho elas e sorrio. Chego na tabaria e digo Oi, e digo depois os números da página, e a mulher repete os números com um excesso mecânico de felicidade, e tiro umas moedinhas, e digo obrigada, e ela eu que agradeço. Então na mesma galeria, uma dessas velhas galerias que ninguém repara quando está na sinaleira, há também um loja de peixes. E dessa vez há um careca entrando na loja de peixe, e eu com o livro na mão e as duas folhas xerocadas penso que estranho que ele é loiro e nunca vi um careca loiro, mas porque será que não há carecas loiros, simplesmente porque há menos loiros e portanto menos carecas loiros ou a coisa faz algum sentido? E passo tentando localizar o careca (para ter certeza que é loiro) dentro da loja quando vejo então, entre mim e o careca, um garoto com um esfregão limpando o piso da loja dos peixes. Ele me encara esperando alguma coisa. Parece que é longo esse tempo em que ele me encara, mas ao mesmo tempo parece que o tempo que eu levo para passar diante da loja é curto demais para poder cumprimentá-lo, então só passo. Ele jogava RPG comigo, talvez ainde jogue porque é alguém tipicamente da Zona Sul, mesmo que more na Anita Garibaldi, e tirou a virgindade de uma menina que vou transformar 30% em personagem literária. Fico pensando que isso pode deixá-la tanto puta quanto orgulhosa, mas ela vai demorar para saber, de qualquer forma. Na volta da tabacaria, vou lembrando que tenho Ace of Base. E logo mais percebo que tirei cópia das páginas erradas, que era um verbo e agora tenho xerox de outro um tanto mais avançado para alguém que está na terceira aula, o que me obriga a passar novamente pelos peixes.

postado por Carol Bensimon as 19:13 | pitacos (4) | trackBack (0)

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