playtime.
Playtime (1967, Jacques Tati), é o melhor filme que vi nos últimos tempos. Recomendaram-me por fins muito racionais: a arquitetura, que ultimamente virou um objeto de estudo por causa do meu romance. Mas Playtime tem o Monsieur Hulot, personagem da minha infância, estrela de Meu Tio e As férias de Monsieur Julot, um Chaplin reeditado. E é com o Tempos Modernos deste aí que Playtime se parece (embora eu tenho visto o primeiro há muito tempo): em uma Paris modernosa, construída para o filme a altos custos, Jacques Tati destila uma crítica poderosa à modernidade e suas conseqüências, representada por gadgets inúteis, cadeiras barulhentas, prédios um iguais aos outros, apartamentos como vitrines e restaurantes que caem aos pedaços enquanto os funcionários mantêm as aparências (porque, na modernidade, nada dura e tudo é aparência).
A cena final do carrossel é uma das coisas mais poéticas que eu já vi.

postado por Carol Bensimon as 12:25 | pitacos (2) | trackBack (0)

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