eu não sou emo, disse o menino de olho pintado.
Se tem uma coisa que emo faz bastante, é dizer que não o é. Até porque fica bem facinho rotular os outros, mas a si mesmo nananinanão, somos seres muito especiais e muito complexos para caber num movimento consumista. Com os emos o negócio está mesmo esquizofrênico, é o que indicam uns rápidos dados que coletei aqui e ali. Quero dizer, enquanto assistimos a profusão de elementos identificadores do grupo, agora até orelhinhas de coelho na cabeça e devo dizer que vi emos com TRAVESSEIROS na mão vagando por São Paulo, me parece que na hora de admitir-se como tal, o sujeito baixa a cabeça encabulado, quiçá dá até uma choradinha (o que só o confirmaria definitivamente como um membro). E os grandes pilares emo também entram na onda de se envergonharem em fazer parte de: há uns meses, vi a Fresno negando ser emo, bem como uma banda que, pasmem!, chama-se .emo. Com o nome .emo negar que é emo, aí já é demais, cidadão. E a última a declarar não ser emo foi a My Chemical Romance (o emo em estado bruto). Segundo uma blogueira (que diz que não é emo, embora ache o cedê excelente, claro), a banda "não tem e nunca teve a intenção de ser emo". O "timing ruim" teria feito a banda ser associada ao estilo. Me parece como Nirvana negar que é grunge ou Sex Pistols dizer que não é punk.

postado por Carol Bensimon as 10:37 | pitacos (12) | trackBack (0)

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