noticias.
Estou PAGANDO um cybercafe so pra ter um teclado em ingles e poder escrever algumas linhas num tempo aceitavel, isso pra voces terem uma ideia da doenca que eh o teclado frances, o qual o Walter e a Juliana sao os mais novos e infelizes proprietarios. Estou de volta em Paris. Acabei de voltar de Annecy, uma cidadezinha nos alpes especializada em fondue e sorvete, com canais no meio das ruas e casas do seculo XVII ou ainda antes, nas quais podemos observar portas dando direto no canal (lavar roupas) e banheiros - buracos - suspensos (cagar, creio, embora esse seja uma palavra muito feia na boca de uma menina). Ah, sim, Annecy tem um lago, que nao chega a ser um Lago Leman (o de Genebra e Lausanne) em tamanho, mas gasta-se duas horas por um passeio com o coco no sol. E, segundo varias fontes, eh o lago mais transparente da Europa. Pareceu verdade.
Em Annecy todos foram muito simpaticos. Segundo dizem tambem os engracadinhos, saindo de Paris tudo assim se parece. Acho que vou ter que ceder e concordar nem que seja um pouco, o que eu jamais diria no passado (nenhuma experiencia de grosseria): outro dia ja era tarde e sentamos em tres numa pizzaria. Dois dividiriam uma pizza, que na verdade eh pra um, mas o jeitinho brasileiro a dividiria. A garota nao ia pedir nada. Bem, diante do tarde do horario, o dono nos enxotou, dizendo, nao grosseiramente, mas tambem nao como pedindo desculpas, que nao cozinhariam so uma pizza. E assim ha outra experiencia similar, e nao vou contar pra nao perder tempo. Eh, quem esta acostumado com o servico brasileiro estranha o tratamento dos garcons parisienses. Mas talvez tenha mais a ver com uma piramide mais rigida (Brasil) do que com modos que se aprende na escola, porque quero ver brasileiro levantar pra dar lugar a velhinhas no onibus (alguem nos comentarios dira que ja viu etc etc. Eu tambem gosto de discordar). Ok, tangencio.
Ah, sim, livros: num pais que le, eh incrivel a quantidade de coisas que, como diz o Walter, sao publicadas, e por consequencia eh tambem incrivel o preco dessas coisas. Vontade de comprar TUDO. Foi por isso que trouxe uma mala extra. E queijos (nao, agora listo o impossivel de levar). E baguette pra maxilar treinado mastigar. E tudo da marca mais chinela que compramos eu e esses brasileiros chineloes, mas mesmo a marca mais barata sempre eh o-t-i-m-a, tipo chocolate amargo trufado, nao sei o que com praline e, enfim. Croissants que deixam o saquinhos com tracos de gordura. E tudo isso na beira do Sena, farofeando com vergonha da nossa falta de profissionalismo no farofear, que tem gente que leva frango assado e mais vinte opcoes de prato.
Ah, ir no Louvre foi uma merda, mas alguns passeios turisticos, que eu ainda nao tinha feito como CHOVEN, valem muito a pena. E essa coincidencia incrivel de portoalegrenses amigos ou morando aqui ou de passagem por aqui tem sido geniais. No fim tudo acaba em piada. Tudo acaba em colocar Porto Alegre dentro de Paris. Nada mais portoalegrense do que isso.

postado por Carol Bensimon as 13:56 | pitacos (14) | trackBack (0)

arquivos

insanus



Kongo.gif