paranoid park.
Vi Paranoid Park, na única sessão que ainda estava disponível na cidade (14h30, Aeroguion). Continua sendo estranho ir ao aeroporto para ver um filme, mas tudo bem. O filme é legal, me provocou certo atordoamento, a trilha é muito massa e fiquei curiosa também pra saber como é a estrutura do livro no qual foi baseado. Acho que o Gus Van Sant conseguiu o que queria, ou ao menos parcialmente, que era encher de tristeza cada manobra de skate. Mas o fim, mesmo que eu tenha a tendência de gostar de finais abertos, decepcionou.
Durante a sessão, fiquei comparando o tempo inteiro Paranoid Park com aquele francês sobre as adolescentes que fazem nado sincronizado, La Naissance des Pieuvres (Lírios d'Água). Me parece que há semelhanças na abordagem e, pessoalmente, o francês toma um pouco a dianteira. Pura e goshtosa melancolia juvenil.
De toda a forma, é bom ter feito as pazes com Gus Van Sant: meses atrás, inventei de ver o Últimos Dias, sobre o Kurt Cobain. Um dos piores filmes que já vi em toda a minha vida. Duvido que tivesse roteiro. Simplesmente NADA de relevante acontece. E tudo bem se o que ele queria era exatamente mostrar que NADA de relevante acontecia MESMO, mas convenhamos que não é bem assim que deve ser feita a transferência da vida para o objeto artístico (como tudo que traz o ódio provoca noutros um amor exacerbado, a curva de notas dado ao filme pelos usuários do imdb é engracadíssima. Ao invés de ser uma simples curva normal, a maioria das notas está ou no 1 ou no 10).

postado por Carol Bensimon as 13:22 | pitacos (12) | trackBack (0)

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