Foi em julho, acabo de verificar, JULHO, que deslizei uma carta e um livro por baixo da porta da casa-inspiração para a primeira história do Pó de Parede, A Caixa. Nesse post, há a reprodução da tal. Bem. Após dias e meses sem resposta, ao ponto de eu achar que a família havia se ofendido de uma forma que, enfim, eu não compreendia - ou que realmente eles eram muito muito estranhos, pois eu não teria problema nenhum em mandar um mail de meia dúzia de palavras para um escritor maluco que me fez literatura, eis que recebo finalmente um mail. Detalhe: fazia uma semana que eu me mudara para Paris. Portanto estamos falando de início de outubro, quando não me restava nenhuma esperança de contato. Pois estava ali na biblioteca do George Pompidou, acessando a Internet que ainda não tinha em casa, e há esse mail na minha caixa com o título: convite. Abro. "Gostaria de convidá-la para conhecer a casa que serviu de inspiração para teu romance. Fiquei muito feliz com o teu carinho, ao enviar-me um exemplar do livro. Aguardo a tua visita". Quase me rasguei em pedacinhos. Segurei a decepção com a impossibilidade, a incompreensão do atraso, e respondi explicando a situação e perguntando se o convite duraria até julho (quando irei passar as férias no Brasil). Respondeu-me que serei muito bem-vinda e coisa e tal. Então aguardamos mais esse episódio.
postado por Carol Bensimon as 08:21 | pitacos (6) | trackBack (0)