a ciência do sexo
Odeio todos que tentam explicar o mundo inteiro pela biologia.
Ontem, no GNT, vi um documentário sobre monogamia e afins, episódio que faz parte de uma série de programas chamada "a ciência do sexo". Queria tanto tanto que alguém estivesse ali do meu lado, pra eu poder reclamar sem fim. Incrível a raiva que eu senti da história toda. Por quê? Porque são uns doentes esses biólogos, puta que pariu. Parece que absolutamente TUDO gira em função de procriar. Daí o amor vira "o melhor recurso evolutivo" (eu tinha um lápis e papel, me dei ao trabalho de anotar no escuro do quarto) e a monogamia é uma "estratégia reprodutiva". Porque parece que, quando o homem era peludo e feio e vivia na selva, a mulher não conseguia segurar o bebê e pegar gravetos ao mesmo tempo. Daí houve a necessidade do pai ficar perto da criança e então se formaram os casais. Lindo, não? Uma bobagem! Hahaha, ainda tem mais. Segundo os intelegentíssimos biólogos, que foram filmados em igrejas, por mais contraditório que isso apareça, as relações extra-conjugais também nascem de um desejo de procriar, de "procurar alguém geneticamente superior a fim de perpetuar a espécie". (de raiva e de tanto rir, me contorço). Até o estupro ganha uma explicação dessas. Um dos evolucionistas cuzões diz que a maioria das mulheres estrupadas tem entre 17 e 35 anos, ou seja, inconscientemente, o desejo do homem é fertilizar a mulher. Ah, tá certo. Eu prefiro pensar que é porque as mulheres são mais desejáveis nessa faixa. E que a procriação não é NEM DE LONGE o que move tudo. E que a explicação para os seres humanos serem teoricamente monogâmicos pode ser achada na estrutura social da coisa toda, não em primatas recolhendo gravetos no meio da África.
Eu sou boba mesmo. Me interessei toda quando anunciaram "e a monogamia é algo natural?". Opa, here we go. Algumas respostas para a sua vida, Carolzinha, num documentário do GNT.
Não.

postado por Carol Bensimon as 17:04 | pitacos (4) | trackBack (0)

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