fake dreads.
Como certa carioca me disse que isso aqui virou a revista Querida nos últimos tempos, o post sobre ter dreads vai ficar escondidinho. Se tu quiser ler, clica por aí. E agora seguimos com a programação não-capilar.
Em dois dias de falsos dreads, eu posso já supor o que é ter isso na cabeça. O princípio é o seguinte: ter dreads significa ter que se livrar de toda a noção de cabelo que você tinha antes. Tocar no cabelo, por exemplo, já não é uma coisa que pode ser feita sem causar certo estranhamento ou mesmo medo. Isso se demonstra em atos simplésimos, como colocar uma blusa e ter que puxar o cabelo pra fora da dita cuja, coisa que qualquer menina ou menino de cabelos compridos faz uma meia dúzia de vezes por dia. Pois nesse ato do puxar o cabelo você percebe, no tato, que ele virou uma coisa outra. E que cresceu enormemente em termos de volume.
Desprendido, ao menos um pouco, do velho conceito capilar, é hora de brincar com os cabelos-cadarços. Por mais que eu não consiga reproduzir novamente o trançadinho básico que o Werner fez no sábado. Mas também nem precisa. Dá pra puxar os dreads simétricos e dar um nó. Ou puxar vários e usar um para enrolá-los. Coisa muito divertida. Às vezes tem um pequeninho que insiste em ficar meio de pé, longe do grupo. Mas daí eu só enrolo ele em volta de um outro e deu.
Se eliminados esse problemas de toque e de ver o cabelo convertido em pequenos bolinhos embaraçados, os dreads são tudo de bom esteticamente. Claro que mamãe e papai não compartilham dessa opinião.
Para os que entrarem aqui procurando por falsos dreads ou dreads temporários (eu acho que eu devo escrever isso para que o google chegue aqui, né?), aí vai o processo. Não, eu não fiz em casa, mas eu acompanhei o sujeito de cabelos em pé chamado Werner que tem um gêmeo Wagner trabalhando no mesmo salão. A saber, no Sexton.

1) Werner faz uma escova em meus cabelos crespos (isso deve ter sido bizarro, mas eu evitei olhar para o espelho. Eu nunca me vi de cabelo liso).
2) Werner divide o cabelo em pedacinhos que originarão os dreads.
3) Werner pega um pente e usa o método do back combing, ou seja, pentear o cabelo de baixo pra cima, de forma que ele fique meio embolado (mas apenas meio, né, lembre-se que isso são dreads temporários)
4) Werner usa um spray fixador e uma cera para modelar cabelo (NÃO é cera de abelha, pelo amor de deus, é apenas uma pasta modeladora). Dá umas sprayadas e passa a cera nas palmas das mãos. Depois, esfrega as palmas no cabelo, torcendo-o para que forme o dread.

Outras observações:

- Enquanto você quiser manter os dreads temporários, não pode lavar o cabelo, porque essa cera sai em contato com a água.
- Com o tempo, o dread começa a abrir um pouco, então tem que dar uma retocada, colocar mais cera e etc.

postado por Carol Bensimon as 15:13 | pitacos (11) | trackBack (0)

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