roendo unhas, tomando chá.
Não sei se me orgulho ou desprezo minha condição de FILTRO, fato é que sou incapaz de escrever como um turbilhão. Invejo os que assim o fazem, ou às vezes lanço-lhes um olhar superior. Contradigo. Tem vezes que eu entro numas de sobrar energia: me sento em entusiasmo e aqueço os dedos para começar o trabalho. Mas não tem jeito, dali não passa, sejam palavras publicitárias ou literárias: pra mim, escrever é muito mais o silêncio do que o barulho do teclado. Quero dizer, passo ali então 80% do tempo a contemplar o vazio e chafurdar na mente. Então pipoca uma frase e vai-se. Digito e novo tempo de contemplação. É por demais doloroso, isso sim.

postado por Carol Bensimon as 16:05 | pitacos (174) | trackBack (0)

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