nem um papelzinho.
Minha vontade de escrever em outros ambientes, que não minha bagunçada salinha do computador, é imensa. Leia-se aqui hipponguice pura: ar livre. Por isso ando me forçando a rabiscar num caderninho da emetivi que eu andei ganhando. Aprendo assim, aos poucos, a fazer um esboço das idéias. Sábado e domingo passado, com um sol que era beleza, desci a rua a caminho do Parcão. Instalada a canga com símbolos astrológicos no pé de uma bela árvore, lá fiquei eu chiquérrima ipodeando e escrevendo. Como era de se esperar, algumas distrações enriquecedoras: uns trogloditas jogando frescobol produziam sem intenção uma cena pra lá de cômica, e a dona moça cinquentona de poodle chamou o homem do algodão doce e ficou lá chupando nuvem. E, como só tem gente super loira super chique benhê no Parcão, o mercado descobriu que ações promocionais no local RENDEM. Então sempre lá gente bonita uniformizada distruibindo folder de festa de loja de produto e coisa e tal. Daí o detalhe é o seguinte: nunca dão a porra pra mim. Porque ficam lá caminhando pela grama e olhando as gentes e decidindo quem vale a pena e quem não vale. E eu nada, nunca nada. Nem um papelzinho. A pergunta é: por quê?

postado por Carol Bensimon as 17:21 | pitacos (283) | trackBack (0)

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