Sou fã do Guns. Fã tardia, coisa menos hype do mundo, assim, e fã de um jeito meio enviesado. Me explico: tem música que não aguento, e cd que acho fraco. The Spaghetti Incident, por exemplo, me diz pouco. Tiro dali umas quatro.
Mas eu digo "fã" porque poucas músicas me tocam tanto quanto algumas do Guns. Como se elas representassem em melodia toda a minha existência até agora. Não, não tem nada a ver com letra. É trilha sonora pra vida, apenas. Tá, pode soar bem ridículo, mas não vou fingir que não é exatamente esse o sentimento que me dão.
(tem gente que entrava no meu carro e tirava sarro. Não citarei nomes. Ei, vocês sabem)
Fiz minhas primeiras audições do Chinese Democracy essa semana. É verdade que umas tantas eu já tinha ouvido. Better era a que eu mais conhecia, e talvez por isso seja uma das minhas favoritas. Gosto também da Chinese Democracy, I.R.S, e Madagascar. Desapontei-me com algumas (Scraped, Shackler's Revenge, Sorry), e outras ainda acho bem estranhas, como If the World. E a voz do Axl, bem, já não é mais a mesma, e também sinto falta daquela outra, a bem grave de músicas como Don't you Cry. Além de eu achar que o estilo do canto às vezes tende para o metal. Na música final, This I Love, por exemplo, rola um espírito André Matos descarado (pelos 30 segundos). De qualquer maneira, me pegou e, andando hoje num fim de tarde com ela em volume alto nos ouvidos, não pude deixar de sentir os arrepios Guns n' Roses de sempre.
(mas estou ansiosa para ouvir outras opiniões)
postado por Carol Bensimon as 15:55 | pitacos (10) | trackBack (0)