Não acompanhei nada do que se falou sobre Slumdog Millionaire (no Brasil, Quem ser ser um milionário?), nem amigos, nem imprensa. Ontem, assisti. Há um monte de coisinhas irritantes que parece que vão aumentando ao longo do filme, até uma apoteose de breguice sem limite que é o final. Sinceramente, não gosto de miséria videoclíptica, pois sempre tenho a sensação de que esse tratamento faz com que ela, a miséria, pareça um mero adereço de um filme de ação em que a diferença entre bons e maus é tão clara que chega a constranger-me. Pior do que isso é fazer com que todos sejam bandidos loucos por dinheiro, ou simplesmente sádicos, o tempo inteiro, enquanto um único personagem guarda em si o conjunto completo de purezas, valores e boas intenções.
Como se isso não bastasse, aquele amor impossível, e os tantos desencontros e sobretudo ENCONTROS (na Índia, veja só) não colou. E explicar tudo por "é o destino" é um jeito bonito de dizer "ignorei qualquer noção de verossimilhança".
Na minha opinião, só leva estatuetas nas categorias técnicas.
postado por Carol Bensimon as 08:22 | pitacos (8) | trackBack (0)