método.
Coisa burguesa mais delícia de todos os tempos foi ter comprado um macbook,
formando dupla poser com o moleskine e tornando a vida literária muito mais glam. Agora, com a chegada do verão e conseqüente esvaziamento portoalegrês, cultivo o hábito de descer no jardim do prédio para trabalhar, com o computador e o chimarrão. Tentando não me preocupar com a vida útil da bateria, os assaltantes que podem eventualmente cruzar o portão fingindo-se de motoboys, e outras coisas de ordem prática, digo que essa estratégia é surpreendente: impressionante como rendo bem mais lá embaixo, isolada das coisas que a casa me oferece. Pela mesma razão, tem neguinho alugando divisória de escritório para escrever tese de doutorado (um telefone, um computador), como contou o Firpo esses dias. Ah, e lá embaixo pega internet: de vez em quando de um vizinho desavisado que deixou a rede aberta, outras vezes a famosa linksys que, conta a lenda, é a rede da prefeitura. Até dá pra se enganar e fingir primeiro-mundo.
No mais, quanto mais me empolgo com o andamento do romance, mais faço planos de me isolar por um tempo lá no sítio do meu vô, que é o que temos a mão, embora o que soe ideal mesmo seria seguir os passos da Vane e alugar uma cabana na Finlândia. Impressionante como essas coisas ainda me seduzem, por mais idiotas que pareçam.

postado por Carol Bensimon as 14:36 | pitacos (2) | trackBack (0)

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